O mercado físico de boi gordo segue com preços firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, houve pontual avanço da oferta em alguns estados, mas no entanto muitos negócios ainda são realizados acima da referência média.
Os frigoríficos ainda se deparam com dificuldades na composição de suas escalas de abate, posicionadas entre dois e quatro dias úteis. “A tendência é que o volume de animais terminados seja mais expressivo a partir do mês de
maio, período em que as pastagens tendem a apresentar queda da qualidade em função do clima seco, nesse ambiente os pecuaristas tendem a perder capacidade de retenção, período que costuma marcar o ápice da safra do boi gordo”.
”Do ponto de vista da demanda segue o otimismo em torno da entrada dos salários na economia, somado a uma nova rodada do auxílio emergencial, mesmo com uma parcela menor a tendência é que haja estímulo ao consumo de produtos básicos. As exportações seguem como uma variável importante, pois as flutuações cambiais ainda tornam a carne bovina brasileira extremamente competitiva no mercado internacional” completa Iglesias.