Boi: desinteresse chinês complica conjuntura de mercado no Brasil, diz Safras
O mercado físico de boi gordo voltou a se deparar com queda nos preços da arroba na nas principais praças de produção e comercialização do país. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, perspectiva de queda no decorrer da semana, o ambiente de negócios ainda sugere por novas tentativas de compra abaixo da referência média por parte dos frigoríficos.
- Carne bovina: sem retomar vendas para China, exportações podem cair até 10%
- Tereza Cristina quer resolver pessoalmente embargo à carne bovina do Brasil
A ausência de informações sobre a China segue pressionando o mercado. O Governo Federal do Brasil ainda busca alternativas para solucionar o imbróglio o mais rápido possível, mas as autoridades chinesas não demonstram interesse concreto em retomar as compras de carne bovina do Brasil após os casos de vaca louca já esclarecidos.
Segundo informações da Safras, um lote de carne bovina brasileira teria sido rejeitado na alfândega chinesa, e os frigoríficos estariam tentando realocar a carga para o porto de Hong Kong ou para o Vietnã.
“O cenário se mostra muito desafiador tanto para a indústria, quanto para os pecuaristas. A cada dia sem a China do lado comprador, mais difícil se torna o quadro para a pecuária de corte brasileira”, salienta Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 267 na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 250. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 267. Em Cuiabá, a arroba foi negociada por R$ 257. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 257.
Atacado
Já os preços da carne bovina ficaram estáveis no atacado. O ambiente de negócios permanece complicado, ainda em viés de baixa. “O cenário permanece muito complicado, com a demora da China em retomar as importações de carne bovina brasileira se torna cada vez maior a possibilidade de os frigoríficos disponibilizarem a carne bovina armazenada nas câmaras frias no mercado doméstico, uma vez que não há mercados com o potencial de consumo da China. Esse movimento tende a contaminar as demais proteínas animais, como a carne de frango e a carne suína”, disse o analista.
O quarto dianteiro seguiu precificado a R$ 20,70 por quilo. Quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 14 por quilo. Ponta de agulha segue precificada a R$ 13,80, por quilo.
VEJA TAMBÉM
Suínos: exportações atingem 83,536 mil t em julho
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 67,728 milhões em julho (6 dias úteis), com média diária de US$ 11,287 milhões. –
Leia MaisExportações de frango crescem 8% no primeiro semestre no RS
As exportações de carne de frango (processada e in natura) do Rio Grande do Sul aumentaram 8% no primeiro semestre de 2022. No período de –
Leia MaisFrigol se habilita para exportar carne bovina para o Canadá
Presente em mais de 60 países pelo mundo, a Frigol acaba de obter mais uma certificação que permite ao frigorífico exportar proteína animal para o –
Leia MaisMilho: Paraguai espera recorde na produção da safrinha 2022
De acordo com a Câmara Paraguaia de Exportadores e Comerciantes de Cereais e Oleaginosas (Capeco), o país espera um recorde na produção de milho da –
Leia MaisSuínos: rebanho na Alemanha é o menor em mais de 30 anos
De acordo com os resultados preliminares do inquérito populacional de suínos publicado pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis), a população de suínos na Alemanha caiu –
Leia MaisCarnes: rebanho de matrizes suínas da China cai 8% em maio, diz ministério
O Ministério da Agricultura da China disse nesta quinta-feira que seu rebanho de porcas caiu mais de 8% em maio em comparação com um ano –
Leia MaisCarne suína: exportações atingem 83,536 mil t em junho
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 202,945 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 9,664 milhões. –
Leia MaisPreço da carne de frango cai e eleva competitividade frente à suína, aponta Cepea
Os preços da carne de frango seguiram enfraquecidos em junho, ao passo que os valores da suína subiram. Diante disso, a competitividade da proteína avícola –
Leia MaisABCS solicita ao MAPA inclusão de suínos na merenda escolar
A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) levou para a Câmara Setorial de Suínos e Aves do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), –
Leia MaisSuínos: média de preços sobe no comparativo mensal, mas segue menor no anual
Os preços médios do suíno vivo em junho (até o dia 29) apresentam movimento de alta frente aos de maio. Por outro lado, na comparação –
Leia Mais