Boi: oferta segue restrita e impede queda nos preços
O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado volta a se deparar com negociações acima da referência média. “Os frigoríficos ainda se deparam com escalas de abate relativamente confortáveis, posicionadas entre três e cinco dias úteis em média. A oferta de animais terminados permanece restrita e dificulta que negócios sejam concretizados a níveis mais baixos neste momento”, assinalou Iglesias.
A preocupação aumenta à medida que os preços da suinocultura cedem. No mercado físico chinês, os preços já recuaram em torno de 50% durante o ano de 2021. “Este é um sintoma bastante nítido de avanço da oferta, considerando que a economia chinesa apresenta bom nível de crescimento no ano corrente. Nesse tipo de ambiente é natural que haja uma mudança do perfil importador da China, buscando renegociar contratos a preços mais baixos e possivelmente reduzindo o ritmo de compras”, disse o analista.
Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 319, na modalidade à prazo, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305 a arroba, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309 inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 312 a arroba estável.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios oferece pouco espaço para reajustes, avaliando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “É importante mencionar que o consumidor médio ainda opta pela carne de frango como sua proteína de escolha, considerando o menor impacto sobre a renda média”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.
VEJA TAMBÉM
Carne bovina: empresa do México visita Argentina para iniciar exportação
O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), Rodolfo Acerbi, conduziu uma reunião final com uma delegação da empresa mexicana de alimentos Sigma, onde –
Leia MaisCarne bovina: custo de produção aumenta em Mato Grosso
O custo de produção da pecuária de corte em Mato Grosso em 2022 seguiu com a tendência de alta observada desde 2018. Segundo os dados –
Leia MaisOvos: poder de compra do avicultor cai pelo 5º mês consecutivo
Os preços dos ovos comerciais continuam em queda em janeiro frente aos de dezembro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Já os valores –
Leia MaisCarne bovina: exportações da Argentina geram US$ 3,431 bi em 2022
As exportações argentinas de carne bovina renderam US$ 3,431 bilhões em 2022, um aumento de mais de US$ 640 milhões do que no ano anterior, –
Leia MaisABCS diz que 84,1% do rebanho suíno de Alagoas foi vacinado contra a PSC
Em boletim divulgado na última sexta-feira (27), a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) informou que até agora, em 58 dias de trabalho, foram –
Leia MaisCarnes: 48% do rebanho bovino da Argentina é afetado pela seca
De acordo com a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), com dados do Sistema de Informação sobre Secas para a América do Sul (SISSA), 48% –
Leia MaisFrango: preço da carne de frango está em movimento de queda desde de dezembro
Os preços da carne de frango, negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, estão em queda desde dezembro de 2022, com o movimento se –
Leia MaisBoi: diferença entre os valores médios de macho e fêmea é recorde
A diferença média entre os preços das arrobas dos animais machos e fêmeas prontos para abate, ambos comercializados no mercado paulista, atingiu o maior patamar –
Leia MaisCarne suína: exportações atingem 53,980 mil toneladas em janeiro
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 134,583 milhões em janeiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 8,972 milhões. –
Leia MaisFrango: queda no preço do frango e alta nos insumos pressionam poder de compra do avicultor
As cotações do frango vivo têm registrado forte queda entre as médias de dezembro de 2022 e da parcial de janeiro (até o dia 18). –
Leia Mais