Boi vs. bezerro: relação de troca é a pior para o terminador em 21 anos
Embora o preço da arroba do boi gordo continue disparando, a forte alta dos preços dos animais de reposição – sobretudo dos bezerros – preocupa o confinador, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o centro de estudos, a relação de troca de arrobas por bezerro de corte é a mais desfavorável ao terminador, “considerando-se toda a série histórica, iniciada em fevereiro de 2000 no caso do animal de reposição”, menciona o texto.
Até o dia 13 de abril, o terminador do estado de São Paulo precisava desembolsar o equivalente a 9,89 arrobas de boi gordo para adquirir um animal de reposição (nelore de 8 a 12 meses) em Mato Grosso do Sul, ou 5,72% a mais do que no mês anterior e 5,74% acima do necessário em abril do ano passado. Os cálculos tomam por base os indicadores Cepea para essas categorias.
“Essas 9,89 arrobas são a maior quantidade de toda a série Cepea; o recorde anterior era de maio de 2015, quando bateu nas 9,65 arrobas”, comenta o centro de estudos.
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Ainda conforme o Cepea, o indicador do boi gordo teve média de R$ 317,27 na parcial de abril, ou 2,56% mais ante março e 21,8% ante abril de 2020, em termos reais. Para o bezerro, o aumento é maior. A média de R$ 3.139,02 por cabeça é 8,43% acima de março e 30,6% em relação a abril do ano passado, recordes reais da série Cepea.
Desta maneira, o tom adotado pelos terminadores para aquisição de gado de reposição é “de cautela”, diz o Cepea, mesmo diante dos elevados preços da arroba do boi gordo.
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