O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a escassez de oferta ainda dá o tom das negociações, puxando os preços da matéria-prima, fazendo os frigoríficos enfrentar muitas dificuldades na composição de suas escalas de abate, posicionadas agora entre dois e quatro dias úteis.
“O volume de animais de pasto segue insuficiente, cenário que deve mudar apenas com a perda de qualidade das pastagens, entre os meses de maio e junho. Ou seja, o mercado vai ter de conviver com um ambiente pautado pela restrição de oferta por ao menos mais quarenta dias”, assinala Iglesias.
O contraponto segue na situação da demanda de carne bovina, considerando todas as dificuldades macroeconômicas decorrentes da aceleração do ritmo de contágio da Covid-19 neste início de 2021, exigindo medidas mais rigorosas de
distanciamento social em muitos estados. Restaurantes, bares e outros estabelecimentos tiveram suas atividades comprometidas em função disso, e passam a ser menos atuantes na composição de estoques.