Boi gordo: mesmo com aumento da oferta, preços não cedem
O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quinta-feira, 15. Segundo o analista de Safras &
Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os preços do boi gordo não caem de forma consistente apesar da melhor fluidez dos negócios durante a semana. “Os frigoríficos até tentaram exercer pressão, no entanto não houve grande
aderência dos pecuaristas em realizar negociações a patamares mais baixos. De qualquer maneira o volume de animais ofertado não cresceu a ponto de mudar drasticamente a curva de preços”, diz.
A expectativa ainda é de maior disponibilidade de boiadas durante o mês de maio, pois as pastagens já apresentam sinais de desgaste em muitos estados, reduzindo a capacidade de retenção.
Do ponto de vista da demanda doméstica de carne bovina o saldo foi bastante positivo ao longo da primeira quinzena do mês, com um movimento de alta consistente no atacado, com destaque para o corte dianteiro e para a ponta de
agulha. “Somado a isso, precisa ser citado o bom desempenho das exportações com o câmbio oferecendo elevada competitividade a carne bovina brasileira. A China segue como relevante diferencial, absorvendo bons volumes de carne brasileira”, assinalou Iglesias.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 318 – R$ 319 a arroba. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 306 – R$ 307. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 313 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, os preços se acomodaram em um período que conta com menor apelo ao consumo. “De qualquer maneira a nova rodada do auxílio emergencial
cumpre um papel relevante, fomentando o consumo de produtos básicos. A principal concorrente para a carne bovina ainda é a carne de frango, a mais acessível dentre as proteínas de origem animal, que conta com a predileção
do consumidor médio em um momento de dificuldades macroeconômicas”, assinala Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,65 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,75 o quilo.
VEJA TAMBÉM
Brasil e países da América do Sul defendem a produção de proteína animal
Em contagem regressiva para a Pré-Cúpula dos Sistemas Alimentares, que acontece na semana que vem em Roma, na Itália, o Brasil se uniu a países –
Leia MaisMinistra e indústria de carnes discutem novas habilitações para exportação à China
O setor produtivo de proteína animal se reuniu com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no fim da tarde desta quarta-feira, 21, para discutir o –
Leia Mais‘O frango nada mais é que uma espiga de milho com asa, e o suíno, uma espiga de milho com patas’, diz presidente da ABPA
Em debate sobre a importância da armazenagem, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, reforçou que a agricultura e pecuária possuem –
Leia MaisBoi: vendas aos EUA sobem mais de 100% no 1º semestre
A escalada nas exportações brasileiras de carne bovina aos Estados Unidos vem surpreendendo o setor pecuário nacional. O país, inclusive, já se configura como o –
Leia MaisQueda no preço do suíno reduz poder de compra do produtor
A forte desvalorização do suíno vivo no mercado independente no início de julho reduziu o poder de compra dos produtores frente aos principais insumos consumidos –
Leia MaisPeste suína africana: China diz que doença está estável, mas riscos persistem
O Ministério da Agricultura da China informou que tem feito esforços para controlar a peste suína africana em seu rebanho, mas os riscos persistem. Desde –
Leia MaisPecuarista investe na qualidade das pastagens para aumentar produção de carne
Um dos grandes desafios dos pecuaristas é garantir pastagem de qualidade durante o ano inteiro. Além da seca de inverno que reduz a produção do –
Leia MaisBrasil deve embarcar até 3,2 milhões de t de milho em julho, aponta Anec
As exportações brasileiras de milho deverão ficar entre 2,9 e 3,2 milhões de toneladas, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). –
Leia MaisMilho: analista aponta cenário apertado para produção do grão
No dia 22 de julho, às 9h, você acompanha através do Canal Rural a Abertura Nacional da Colheita do Milho 2021. As máquinas vão entrar –
Leia MaisMilho: Paraná colhe 4% da área de safrinha, aponta Deral
A colheita da 2ª safra de milho do Paraná atinge 4% da área cultivada de 2,519 milhões de hectares, que deve subir 7% frente à –
Leia Mais