Boi gordo: oferta restrita vai manter preço da arroba em alta, diz Safras

O mercado físico de boi gordo segue com preços firmes. “O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do
movimento de alta, considerando o quadro anêmico de oferta que volta a vigorar em grande parte dos estados relevantes em termos de comercialização”, diz o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, os frigoríficos encontram maior dificuldade na composição de suas escalas de abate, posicionadas entre três e cindo dias úteis em média.

“O primeiro giro de confinamento é menor em 2021, em função da estrutura de custos durante o primeiro semestre, os preços da reposição e de insumos adotados no arraçoamento animal estiveram em seu topo histórico afetando a decisão do confinador invernista. Por sua vez, o confinamento de segundo giro tende a aumentar em função de uma estrutura de custos menos pesada, principalmente no que diz respeito à nutrição animal. Além disso, a curva futura na B3 aumenta a atratividade”, assinala.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços durante a primeira quinzena do mês, considerando a entrada dos
salários como motivador da reposição entre atacado e varejo. “Entretanto, é relevante destacar que a predileção do consumidor médio tende a permanecer nos cortes mais acessíveis, a exemplo do quarto dianteiro e da carne de frango propriamente dita”, diz Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo, estável. O corte dianteiro teve preço de R$ 16,90 o quilo, assim como a ponta de agulha.

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