O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta terça-feira, 13. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos sinalizam para uma posição mais confortável em suas escalas de abate em alguns estados.
“A tendência é que a curva de preços se inverta a partir da segunda quinzena, quando a reposição entre atacado e varejo costuma fluir de maneira mais lenta. De qualquer forma a expectativa é de maior robustez de oferta a partir do mês de maio, quando as pastagens apresentam menor qualidade em função do clima seco e o pecuarista acaba perdendo capacidade de retenção, este período costuma marcar o auge da safra de boi gordo”, diz.
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Já a demanda doméstica de carne bovina permanece positiva durante a primeira quinzena de abril, considerando que além da entrada dos salários na economia há também uma nova rodada do auxílio emergencial motivando o consumo de produtos básicos. “Outro aspecto a ser considerado é o bom desempenho das exportações, com a China absorvendo bons volumes de proteínas animal brasileira nas últimas semanas”, assinala Iglesias.