Boi gordo: valor da arroba perde força e oferta restrita impede maiores quedas de preço
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma tentativa de pressão no curto prazo. “Os frigoríficos ainda sinalizam para uma posição de algum conforto em suas escalas de abate, com indicação de algumas negociações realizadas abaixo da referência média. Mas, no geral, a oferta de animais terminados ainda é restrita, o que limita movimentos mais agressivos de queda”, disse.
“O mercado segue bastante atento à China, avaliando as incertezas acerca do processo de recomposição do plantel de suínos no mercado local. A situação da Peste Suína Africana (PSA) também é alvo de especulações, com algumas agências de notícias internacionais ainda sinalizando para o rápido avanço da doença na China continental, muito diferente do retratado pelos dados da OIE e da FAO”, assinalou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 316 – R$ 317, na modalidade à prazo, ante R$ 317 na terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 309, inalterada. Em Cuiabá, o valor do boi gordo foi de R$ 307 – R$ 308, contra R$ 309, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 311 a arroba, estável.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. “A tendência é por menor espaço para reajustes durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo, resultando em uma reposição mais lenta entre atacado e varejo. Importante mencionar que a carne de frango ainda conta com a predileção do consumidor médio, considerando a atual conjuntura econômica, essa tendência se reforça com os preços bastante proibitivos da carne bovina em 2021”, assinalou Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 21,05 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.
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