Boi gordo: valor da arroba segue em queda, com criadores retraídos, diz Safras
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nesta quinta-feira, 28, estendendo as perdas da semana. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios pouco mudou, com os frigoríficos mantendo a pressão sobre os criadores.
Mesmo em patamares mais baixos de preços, o que retrai os pecuaristas, não há relatos de dificuldade na composição das escalas de abate por parte dos frigoríficos. Os pecuaristas seguem sem boas condições de retenção de oferta, avaliando o elevado custo de nutrição animal em 2021. “Somado a isso, precisa ser citada a incidência de chuvas no Centro-Sul, que torna o manejo ainda mais complicado”, destacou.
Em relação à China, poucas novidades no decorrer da quinta-feira. O Brasil segue em compasso de espera, aguardando a retomada do principal mercado para a carne bovina brasileira. “Os prejuízos são enormes para a atividade. Pecuaristas e frigoríficos trabalham no momento para minimizar os danos causados pelo embargo”, assinalou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 258 na modalidade à prazo, ante R$ 262 a arroba na quarta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 242, contra R$ 243. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 262, ante R$ 263,00. Em Cuiabá, o preço foi de R$ 242, contra R$ 246. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 249, ante R$ 251.
Atacado
Os preços da carne bovina no atacado também estão caindo. O analista da Safras acredita que haverá pouco espaço para reação mesmo na primeira quinzena de novembro, consequência do avanço da oferta. Os frigoríficos seguem com câmaras frias lotadas, aguardando pela retomada da China.
Assim, o quarto traseiro foi precificado a R$ 20,40 por quilo, queda de R$ 0,10. O quarto dianteiro manteve preço de R$ 13,30 por quilo, e a ponta de agulha seguiu no patamar de R$ 13,00 por quilo.
VEJA TAMBÉM
Boi gordo volta a subir e se aproxima dos R$ 320 a arroba
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta sexta-feira, 28. O ambiente de negócios ainda sugere pela intensificação deste –
Leia MaisPecuaristas argentinos decidem estender greve na venda de produtos bovinos
A Comissão de Enlace das Entidades Agropecuárias da Argentina (Ceea), grupo que reúne as principais entidades agropecuárias da Argentina, estendeu a paralisação da comercialização de –
Leia MaisAftosa: especialista dá dicas para manter status sanitário sem vacinação
Com o novo status de zona livre de aftosa sem vacinação para algumas regiões, algumas medidas de prevenção precisam ser redobradas, evitando o contágio do –
Leia MaisFrango: liquidez aumenta, mas competitividade da proteína cai
Tendo em vista o menor preço da carne de frango em relação as demais proteínas como a carne bovina e suína, a demanda pela carne –
Leia MaisColheita de milho atinge 90% no Rio Grande do Sul
A colheita do milho atinge 90% da área no Rio Grande do Sul, com avanço semanal de dois pontos percentuais. Em igual período da safra –
Leia MaisMilho: com alta em Chicago, vendas travam no Brasil
O mercado brasileiro de milho registrou preços pouco alterados nesta quinta-feira, 27, praticamente parado em termos de negócios. O limite de alta atingido na Bolsa –
Leia MaisFederações da Agricultura e Pecuária dos estados repercutem certificação da OIE
Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso agora são reconhecidos internacionalmente como zonas livres –
Leia MaisBenedito Rosa: Decisão da OIE é motivo de comemoração para o pecuarista
Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso agora são reconhecidos internacionalmente como zonas livres –
Leia MaisPreços do boi gordo sobem acima da referência média
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira, 27. Mais uma vez, houve negócios efetivados acima da referência –
Leia MaisABPA: Exportações de carne suína do RS e PR podem crescer até 35% com novo status da OIE
As exportações de carne suína do Paraná e do Rio Grande do Sul podem ser incrementadas em até 35% no próximo ano, após os dois –
Leia Mais