Boi gordo volta aos R$ 310 com restrição de oferta, diz consultoria
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos na maioria das regiões de produção e comercialização do país nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios volta a indicar uma maior consistência do movimento de alta no decorrer do mês de junho, em linha com a tendência de retração do confinamento de primeiro giro. “Ou seja, o mercado voltará a conviver com uma conjuntura pautada pela restrição de oferta”, disse ele.
- Giro do Boi: Quanto custa em média um touro nelore pintado e o bezerro F1?
- Mercado do boi gordo deve ter preços baixos até junho, diz Safras
Os frigoríficos já não encontram a mesma facilidade na composição de suas escalas de abate, situação que deve prevalecer ao longo de praticamente todo o mês de junho. “Em relação à demanda de carne bovina, as atenções dos frigoríficos e pecuaristas permanecem voltadas para as exportações, com perspectiva de aumento do volume de embarques a partir da janela de oportunidades criada pela decisão da Argentina de suspender as exportações de carne bovina por pelo menos 30 dias”, assinala Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 310 ante R$ 309 na segunda, na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 295 a arroba, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 300 contra R$ 299,00. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303 contra R$ 302,00. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 304, ante R$ 302 – R$ 303.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por maior espaço para reajustes ao longo da primeira quinzena de junho, período que conta com maior apelo ao consumo, avaliando a entrada dos salários na economia como aceleradora da reposição entre atacado e varejo. “Além disso, os frigoríficos voltam a se deparar com um cenário de oferta ajustada. Portanto, os estoques tendem a ser mais enxutos no próximo mês, fator que acentua a propensão a altas nos preços”, diz Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,00 o quilo, assim como a ponta de agulha.
VEJA TAMBÉM
Carne de frango: exportação de aves atinge 220,209 mil toneladas em novembro
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 458,643 milhões em novembro (12 dias úteis), –
Leia MaisCarne bovina: exportação atinge 98,389 mil toneladas em novembro
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 520,641 milhões em novembro (12 dias úteis), com média diária de US$ –
Leia MaisValor do quilo do ovino vivo pago ao produtor tem aumento médio de 6% em 2022
O preço médio pelo quilo do ovino vivo pago ao produtor rural de Mato Grosso do Sul teve um aumento de 5,98% entre janeiro e –
Leia MaisOvos: preços se mantêm estáveis pela 4º semana consecutiva
Os preços médios dos ovos se mantiveram estáveis nas regiões acompanhadas pelo Cepea. Trata-se da quarta semana consecutiva que os valores se mantêm praticamente sem –
Leia MaisBoi: oferta cresce e preço cai
Os valores do boi gordo seguem em queda no mercado brasileiro e já operam nos menores patamares nominais desde novembro do ano passado, quando a –
Leia MaisFrango: média da parcial de novembro está inferior à do mês anterior
Os preços da maioria dos produtos avícolas estão subindo na grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Centro de Pesquisas, os valores –
Leia MaisSuínos: preços apresentam movimentos distintos dentre as regiões
As diferentes condições de oferta de suíno vivo pronto para o abate dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea têm resultado em variações distintas nos preços –
Leia MaisTilápia: baixa oferta e maior demanda elevam valor pelo 3º mês seguido
As cotações da tilápia avançaram em outubro pelo terceiro mês consecutivo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. O movimento de alta foi resultado da –
Leia MaisCarne bovina: Argentina retoma exportação para México após 20 anos
O Serviço Sanitário Mexicano (Senasica) autorizou 22 plantas de processamento da Argentina a exportar carne bovina para o México, após 20 anos de inatividade na –
Leia MaisCarne bovina: Sociedade Rural Argentina pede ao governo que normalize mercado impactado por seca
A Comissão de Carnes da Sociedade Rural Argentina solicitou mais uma vez ao governo nacional que normalizem o mercado de carne bovina, que é impactado –
Leia Mais