Boi: preços têm altas pontuais no Brasil, com demanda chinesa no foco

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis a mais altos nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, apesar de algum conforto das escalas de abate, os frigoríficos não conseguem exercer pressão, principalmente no que diz respeito aos animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês, muito demandados no mercado neste momento. “É para esses animais que são evidenciados negócios acima da referência média”, assinalou o analista.

As especulações em torno do mercado chinês seguem em curso, enquanto os preços físicos da suinocultura local seguem em queda. O governo chinês sinaliza para um franco processo de recomposição do seu plantel, com o rebanho de suínos alcançando muito próximo ao patamar anterior ao surto de Peste Suína Africana.

Na primeira quinzena de julho o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará um relatório atualizando as projeções relacionadas aos números do Setor Carnes, com um grande enfoque em relação à China.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por maior espaço para reajustes no decorrer da primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo, considerando a entrada dos salários como motivador da reposição entre atacado e varejo. “Reforçando que a carne de frango ainda dispõe da predileção do consumidor médio, algo natural com a atual situação macroeconômica”, disse Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.

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