28 de abril de 2021 às 17h54

Boi: tendência é pecuarista perder capacidade de retenção de animais, diz Safras

O mercado físico de boi gordo registrou novamente preços mais baixos em algumas das principais regiões de produção e comercialização nesta quarta-feira, 28. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado de boi segue com boa fluidez dos negócios ao longo da semana, com os frigoríficos conquistando uma interessante frente em suas escalas de abate, que agora atendem entre cinco e sete dias úteis, em média.

“Esse movimento é consequência do aumento do volume ofertado de animais terminados no decorrer do mês de abril. Os modelos climáticos apontam para chuvas abaixo do normal em parte do Centro-Sul na primeira quinzena de maio. Com isso, a tendência é que o pecuarista siga perdendo capacidade de retenção, mantendo bom volume de oferta até o final do mês”, assinala Iglesias.

Para o início da entressafra o cenário é mais delicado, uma vez que a tendência é de um menor confinamento de primeiro giro, por conta da elevação dos custos no primeiro semestre, pondera o analista.

Enquanto isso, animais que cumprem os requisitos para exportação com destino ao mercado chinês ainda são negociados acima da referência média, com ágio de até R$ 10 em relação a animais destinados ao mercado doméstico.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 314, estável na comparação com a terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 295, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 302, ante R$ 305. Em Cuiabá, o preço do boi gordo foi de R$ 309 contra R$ 310. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 305 a arroba, inalterados.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis nesta quarta-feira. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo. “Além disso, precisa ser considerado o adicional de consumo provocado pelo Dia das Mães. O padrão de consumo ainda aponta pela predileção por cortes mais acessíveis, a exemplo dos cortes do quarto dianteiro e da carne de frango”, disse Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,65 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,95 o quilo.

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