A Arábia Saudita pretende reduzir o prazo de validade (shelf life) da carne de frango in natura comercializada no país, de um ano para três meses, contando a partir da data do abate. O pleito foi enviado à Organização Mundial de Comércio (OMC) na semana passada e deve ser discutido até o começo de julho.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que a tomar essa decisão, “sem critérios técnicos claros e longe da prática do mercado internacional”, sugere protecionismo.
“Esta é uma situação que alcança todos os produtores e exportadores de carne de frango globalmente, e está sendo abordada no âmbito do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em Inglês) para a construção de uma linha de reação unificada”, informa a entidade.
Como lembra a ABPA, a Arábia Saudita é um dos mais antigos mercados importadores de carne de frango do Brasil, para onde partiram os primeiros carregamentos do setor, em 1975. “Apenas neste século (a partir de 2001), foram embarcadas, aproximadamente, 10 milhões de toneladas de produtos avícolas”, destaca.