Veja como a cidade de Castro (PR) se tornou referência nacional na produção de leite
De acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o estado do Paraná produziu 4,4 bilhões de litros de leite no ano de 2018. O estado investiu na automação e conseguiu menos desperdício.
A cidade de paranaense de Castro lidera a produção brasileira. Por lá, o leite responde por 25% da produção do município, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Em 2019, foram 323 milhões de litros ou quase 1 milhão de litros por dia. “A região de Castro é a mais eficiente do Brasil quando falamos de leite. Só não é a maior em volume por causa do tamanho geográfico”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Destaque na produção de leite
Clima, pastagem, força de vontade e tecnologia colaboraram para que a fazenda do Armando Rabbers, consiga produzir 5.700 litros por dia, uma média de 41 litros por animal (no total a fazenda conta 154 vacas leiteiras).
A fazenda de Armando Rabbers conta com dois robôs. Com poucos cliques, ele controla a propriedade na palma da mão. “São três ordenhas voluntárias por dia. As vacas entram na máquina quando têm vontade. O robô é só uma peça a mais”, conta o pecuarista.
Outro empresário que conta com ajuda da tecnologia é Armando Carvalho. A esteira instalada na fazenda conta com capacidade para abrigar 60 vacas por vez e comanda o plantel de 900 animais, responsável pela produção de 35 mil litros de leite por dia.
“É como uma linha de montagem. A vaca se desloca enquanto o ordenhador fica parado, como apoio ao processo. Isso nos permitiu otimizar melhor o tempo e expandir”, destacou.
- Custo da pecuária leiteira subiu quase 12% no 1º semestre de 2021, aponta Cepea
- Leite: margem do produtor não está ruim, mas produtor deve ter cautela, diz Embrapa
Sistema
O sistema de ordenha voluntária (VMS) consiste em um braço hidráulico que executa todo procedimento de ordenha sozinho, de forma automática. Identifica a vaca, alimenta, faz a limpeza dos tetos (através de fluxo de água e ar), estimula, tira os primeiros jatos e seca. Feita essa preparação inicia a ordenha. As teteiras são colocadas após o laser identificar o posicionamento dos tetos. Todas as informações vão direto para o computador.
As vacas que saem do VMS são separadas automaticamente. Seguem para pista de alimentação, onde têm acesso à comida, água; ou para área de suplementação, onde se consegue individualizar o fornecimento de concentrado. Esses caminhos são percorridos em dois portões de seleção, que direcionam os animais, a partir da orientação vinda do robô, que ajuda no gerenciamento em relação à qual precisa ser ordenhada.
Treinamento
A cidade de Castro se transformou tanto em referência na produção de leite que até um local especializado para treinamentos foi criado – o Centro de Treinamentos para Pecuaristas (CTP). Comandado pelo diretor executivo Enio Karkow, o complexo de 15 hectares oferece cerca de 25 cursos gratuitos por ano, divididos em duas modalidades: um voltado para produtores, estudantes e técnicos e outro para funcionários.
Os alunos do curso se hospedam e passam uma semana na fazenda, aprendendo todas as etapas do processo. O local conta com aproximadamente 380 vacas e produz 11,2 mil litros de leite por dia. Tudo encaminhado para a Castrolanda, o que permite subsidiar os cursos. Por causa da pandemia, a expectativa é reabrir o centro de treinamento para os alunos em agosto.
“É uma base no Paraná procurada por uma infinidade de pessoas do Brasil inteiro. De maneira muito prática, ensinamos e ajudamos a melhorar a produção de leite”, explicou Karkow.
VEJA TAMBÉM
Carne bovina: preço da arroba em agosto tem recuo de 9,21% em Mato Grosso no comparativo anual
O mercado físico do boi registrou queda em agosto, mas a B3 apontou recuperação no mercado futuro a partir de setembro em MT. Em agosto, –
Leia MaisCarne bovina: Argentina aumentará exportações para 34,5 mil toneladas mensais
O governo argentino comunicará nas próximas horas que poderá exportar cerca de 34.500 toneladas por mês a partir de 1o de setembro, contra a média –
Leia MaisCarnes: nova diretoria do Sicadergs toma posse
A nova diretoria do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs) tomou posse na última sexta-feira (26) com muitos –
Leia MaisFrango: preço da carne recua neste fim de mês
Com o avanço da segunda quinzena do mês, a procura doméstica por carne de frango está se enfraquecendo, movimento verificado em todas as regiões acompanhadas –
Leia MaisBoi: poder de compra de pecuarista recua no mês
Com o recuo no preço da arroba do boi gordo, o poder de compra de pecuaristas frente aos insumos de alimentação (milho e farelo de –
Leia MaisSuínos: poder de compra segue favorável ao produtor, aponta o Cepea
O poder de compra de suinocultores paulistas vem avançando nesta parcial de agosto, de acordo com pesquisas do Cepea. Esse cenário favorável ao suinocultor foi –
Leia MaisCarne bovina: exportação atinge 128,548 mil toneladas em agosto
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 804,088 milhões em agosto (15 dias úteis), com média diária de US$ –
Leia MaisCarnes: preço pago pelo quilo do suíno independente no RS segue em R$ 6,89
A Pesquisa Semanal da Cotação do Suíno, milho e farelo de soja no Rio Grande do Sul apontou estabilidade no preço pago ao suinocultor independente –
Leia MaisCNA discute ações para cadeias de aves e suínos
A Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA discutiu, na quinta (18), as expectativas para os mercados de frango de corte e suínos e –
Leia MaisFrango: valor da carne acompanha oferta local e diverge dentre regiões
Os preços dos produtos de origem avícola registraram movimentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea no período entre 10 e 17 de agosto. Enquanto –
Leia Mais