03 de dezembro de 2021 às 16h06

China deve enfrentar desabastecimento quando voltar a comprar do Brasil

O embargo chinês à carne brasileira completa três meses nesta sexta-feira (3), causando efeitos em toda a cadeia.

A própria China deve enfrentar desabastecimento quando voltar a comprar, com menos animais confinados e queda nos abates, a oferta de carne segue reduzida.

Pode faltar produto para abastecer a China, quando o país asiático voltar a comprar a carne brasileira. Analistas e o próprio setor, estimam que a normalização pode levar entre dois ou três meses.

Segundo o gerente-executivo de confinado da JBS, José Roberto Bischofe, o primeiro trimestre é um período de maior dificuldade de confinamento. “É quando acontece um delay do furo do animal do mês de setembro, outubro. A retomada começa neste momento, com boi magro entrando no cocho”, explica.

De acordo com o presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva, Maurício Velloso, o Brasil caminha para um hiato de oferta. “Vai acontecer um momento entre o período que estamos vivendo hoje e o primeiro trimestre do ano que vem, em que a restrição de oferta vai ampliar. Logo não teremos animal de confinamento e nós ainda não temos o boi de pasto”, diz.

No campo

Para o pecuarista, a redução no ritmo de produção e consumo significa custo maior, com o gado ficando mais tempo no confinamento ou com um tempo ocioso maior entre um lote e outro.

O pecuarista Nelso Marcon, do interior de São Paulo, conta que tem animais que estão no semiconfinamento. “Não fechei mais animais, não comprei mais animais para engorda. Quanto mais quieto, menor o prejuízo”, conta.

Consumidor

No mercado doméstico, o preço da carne não alterou e segue em patamar elevado. “Eu estava acostumada a comprar carne para o mês, agora é no máximo 15 dias. É sempre um susto”, afirma a secretária Luciene de Carvalho Reis.

A aposentada Sueli de Jesus diz que é preciso pesquisar muito antes de comprar. “Está muito caro”, conta.

O valor da carne no ponto final da cadeia pode subir ainda mais quando a China voltar ao mercado. É que a disputa de oferta e demanda será ainda mais intensa entre consumo doméstico e internacional.

Segundo a Sophia Honigmann, analista de mercado da Scot Consultoria, em dezembro e janeiro, o Brasil ainda vai ter um cenário de oferta enxuta. “É preciso ter cautela. Apenas a partir de fevereiro e março, é que o cenário pode mudar”, explica.

Ela afirma ainda que a margem da indústria está muito abaixo do que era esperado. “O consumo agora no fim do ano ainda tem um incremento por causa das festas de fim de ano, mas em janeiro, tudo depende da volta da China. Mas não esperamos quedas na ponta final da cadeia em função da oferta, que vai continuar enxuta”, complementa.

Neste embate comercial, perde a China, perde o consumidor e perde o pecuarista. Perde a pecuária brasileira.

17/06/2021 às 20h10

Setor de carnes aprova liberação da importação de milho dos EUA; veja repercussão

O setor de proteína animal avalia como positiva a liberação para importação de milho transgênico dos Estados Unidos a partir de 1º de julho. Nesta –

Leia Mais
17/06/2021 às 18h43

Boi tem dia de oferta restrita e preços firmes no Brasil

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quarta-feira.  Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado físico voltou –

Leia Mais
17/06/2021 às 14h09

‘Importação de milho dos EUA para o Brasil esbarra em custo elevado’

As importações de milho transgênico dos Estados Unidos serão permitidas a partir de 1º de julho. As variedades geneticamente modificadas cultivadas nos EUA já foram –

Leia Mais
17/06/2021 às 12h59

Preço do suíno sobe até 20% em algumas regiões do país

Depois de recuarem com certa força entre o fim de maio e o começo de junho, os preços do suíno vivo registram intenso movimento de –

Leia Mais
17/06/2021 às 12h31

Carne bovina: demanda chinesa pelo produto brasileiro diminui

As exportações brasileiras de carne bovina in natura continuam elevadas neste ano, e a China segue como o principal destino da proteína. De maio de –

Leia Mais
17/06/2021 às 10h55

ABPA vê como positiva importação de milho dos EUA e espera queda nos preços

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avalia como positiva a publicação da Resolução Normativa n° 32, publicada no Diário Oficial da União (DOU) pela –

Leia Mais
17/06/2021 às 10h15

Diferença de preços entre carne suína e bovina bate recorde, diz Cepea

O preço da carne suína teve forte recuo entre o fim de maio e o início de junho e, com isso, a competitividade da proteína –

Leia Mais
17/06/2021 às 09h28

Seguro rural para pecuária será avaliado pelo Mapa em 25 de junho

O Ministério da Agricultura (Mapa) realizará no dia 25 de junho, às 15h, uma videoconferência do projeto Monitor do Seguro Rural, dedicada a apresentar os –

Leia Mais
17/06/2021 às 08h54

Preço do milho sobe 12 vezes mais que inflação e afeta produção de frango no RS

A cotação do milho disparou 34,8% durante o ano e registrou aumento de 102,6% nos últimos 12 meses, alta que é 12 vezes maior que –

Leia Mais
16/06/2021 às 17h46

Importação de milho transgênico dos EUA será permitida a partir de 1º de julho, diz CTNBio

As importações de milho transgênico dos Estados Unidos serão permitidas a partir de 1º de julho. Apuração da reportagem do Canal Rural em Brasília mostra –

Leia Mais