16 de março de 2021 às 14h11

China deve reduzir importações de carne suína em 2021, diz Rabobank

Uma mulher compra carne de porco em um supermercado em Nanchang, na Província de Jiangxi, leste da China, carnes

Foto: Peng Zhaozhi/ Xinhua

A crescente demanda de importação de carne suína e outras espécies da China foi um grande impulsionador da demanda nos mercados globais de proteína animal em 2020. O Rabobank, disse, porém, que haverá uma diminuição das compras de carne suína pela China em 2021.

Segundo publicação do banco, divulgada nesta segunda, 15, os países exportadores têm procurando manter o comércio com a China. “O preço será um fator importante que determinará quais países manterão altos fluxos de comércio de carne suína para a China em 2021, junto com a disponibilidade e considerações geopolíticas”, avalia o banco.

O Rabobank destaca que a redução no rebanho de porcas no início de 2021 deve impactar o ritmo de repovoamento na China, muito embora ele deve continuar, ainda que em um ritmo mais lento do que o observado no ano passado. Vacinas ilegais, novas variantes de peste suína africana e a pressão por outras doenças, como a Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRS), resultaram em um aumento da taxa de mortalidade de leitões e abates do rebanho de porcas e suínos nos últimos meses.

Segundo o Rabobank, o rebanho de porcas apresentou uma queda mensal de 3% a 5% entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, mas ainda há uma expectativa de que ele seja entre 10% a 15% maior do que há um ano. Além disso, o impacto da PSA na produção geral de carne suína chinesa é menor do que em 2019 e no início de 2020.

Entretanto, como a densidade populacional de suínos aumentou em 2020 devido ao reabastecimento bem-sucedido e que deve continuar a crescer nos próximos anos, os riscos de recorrências da PSA também aumentam. O reabastecimento vai encontrar eventos contrários de vez em quando nos próximos anos. Diante desse cenário, o Rabobank estima que a recuperação total será possível somente depois de 2023.

Após o Ano Novo Lunar, os preços do suíno começaram a cair cerca de 20% em apenas dois meses, principalmente devido à fraca demanda sazonal, mas também refletindo o pânico de vendas dos produtores pelas preocupações com as doenças. No entanto, os preços dos leitões se recuperaram fortemente entre dezembro e fevereiro, indicando uma oferta restrita e também uma expectativa generalizada de preços de suínos mais fortes para o resto de 2021. Como o mercado antecipa preços de suínos mais elevados, o reabastecimento continuará
rapidamente, apesar das ameaças de surtos de doenças.

Conforme o Rabobank, embora o rebanho geral de porcas tenha diminuído, as taxas de declínio variaram muito entre as regiões, indicando que os surtos da doença ainda estão limitados a regiões específicas. Como o vírus da PSA
sofre mutação, tornando mais difícil o controle, a biossegurança continuará sendo a maneira mais eficaz para defender o rebanho. A barreira para entrar na suinocultura agora é ainda maior, devido à tecnologia e capital envolvidos, levando a uma maior consolidação em um futuro próximo.

Produção de suínos deve crescer em 2021

O Rabobank espera que a produção de suínos na China cresça entre 8% a 10% no ano em 2021. Houve recentemente um ajuste para baixo devido aos ventos contrários criados pela nova onda de surtos de PSA. O banco acredita que a produção de suínos continuará crescendo, assim como o rebanho de porcas, apesar das perdas durante o inverno.

A produção de suínos poderá, entretanto, sofrer oscilações ao longo do ano. No primeiro trimestre, esperamos um rápido aumento devido à liquidação motivada por preocupações com doenças, com desaceleração no 2º trimestre. Os volumes de abate por matadouros em escala aumentaram 29% em janeiro de 2021 frente ao ano anterior, mostrando a melhoria na oferta de suínos, embora a liquidação também tenha desempenhado seu papel.

As empresas relataram quedas mensais nas vendas de suínos em janeiro, mas todas indicaram um crescimento anual significativo. Fortes vendas no inverno sugerem que o mercado pode repetir o que vimos em 2019, quando o rebanho de suínos diminuiu, mas a produção de suínos aumentou no primeiro semestre, antes da reversão da situação na segunda metade do ano.

Embora acredite que a oferta de suínos em geral aumentará em 2021, o Rabobank espera que os preços flutuem devido às incertezas do desenvolvimento de doenças, interesses de reabastecimento, custos de alimentação e políticas de importação. Nossa visão é que os preços médios do suíno em 2021 serão menores do que em 2020 e sujeito a fortes altos e baixos durante o ano.

No final da cadeia de varejo, a economia da China deve se recuperar ainda mais dos impactos da Covid-19 em 2021. Isso apoiará a demanda de serviços de alimentação e o consumo institucional, bem como o consumo das famílias. Como os preços da carne suína cairão com os altos níveis de 2020, eles obterão suporte de uma demanda aprimorada.

O governo da China reiterou sua política de apoio à produção local de suínos, enfatizando a importância da construção do sistema de melhoramento/genética. Como resultado, um número maior de empresas líderes com capacidade de criação provavelmente receberá políticas favoráveis de apoio e suporte.

23/11/2022 às 18h02

Carne de frango: exportação de aves atinge 220,209 mil toneladas em novembro

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 458,643 milhões em novembro (12 dias úteis), –

Leia Mais
23/11/2022 às 17h02

Carne bovina: exportação atinge 98,389 mil toneladas em novembro

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 520,641 milhões em novembro (12 dias úteis), com média diária de US$ –

Leia Mais
23/11/2022 às 16h02

Valor do quilo do ovino vivo pago ao produtor tem aumento médio de 6% em 2022

O preço médio pelo quilo do ovino vivo pago ao produtor rural de Mato Grosso do Sul teve um aumento de 5,98% entre janeiro e –

Leia Mais
22/11/2022 às 09h02

Ovos: preços se mantêm estáveis pela 4º semana consecutiva

Os preços médios dos ovos se mantiveram estáveis nas regiões acompanhadas pelo Cepea. Trata-se da quarta semana consecutiva que os valores se mantêm praticamente sem –

Leia Mais
21/11/2022 às 08h02

Boi: oferta cresce e preço cai

Os valores do boi gordo seguem em queda no mercado brasileiro e já operam nos menores patamares nominais desde novembro do ano passado, quando a –

Leia Mais
21/11/2022 às 07h02

Frango: média da parcial de novembro está inferior à do mês anterior

Os preços da maioria dos produtos avícolas estão subindo na grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Centro de Pesquisas, os valores –

Leia Mais
18/11/2022 às 17h02

Suínos: preços apresentam movimentos distintos dentre as regiões

As diferentes condições de oferta de suíno vivo pronto para o abate dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea têm resultado em variações distintas nos preços –

Leia Mais
18/11/2022 às 15h02

Tilápia: baixa oferta e maior demanda elevam valor pelo 3º mês seguido

As cotações da tilápia avançaram em outubro pelo terceiro mês consecutivo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. O movimento de alta foi resultado da –

Leia Mais
16/11/2022 às 10h17

Carne bovina: Argentina retoma exportação para México após 20 anos

O Serviço Sanitário Mexicano (Senasica) autorizou 22 plantas de processamento da Argentina a exportar carne bovina para o México, após 20 anos de inatividade na –

Leia Mais
15/11/2022 às 10h02

Carne bovina: Sociedade Rural Argentina pede ao governo que normalize mercado impactado por seca

A Comissão de Carnes da Sociedade Rural Argentina solicitou mais uma vez ao governo nacional que normalizem o mercado de carne bovina, que é impactado –

Leia Mais