Ir para o conteúdo
17 de agosto de 2021 às 12h53

Com falta de gado em MT, frigoríficos podem fechar, diz sindicato

A falta de animais para o abate pode paralisar as atividades em alguns frigoríficos de Mato Grosso, o maior produtor de carne bovina do país. O alerta é feito pelo presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) Paulo Bellincanta.

Em nota divulgada nesta segunda, 16, o sindicato lembra que a arroba do boi, com atraso de anos, atingiu os patamares dos preços internacionais e permanecerá neles. Este fato exigiu o ajuste no preço da carne para o mercado interno, o que ocorreu de maneira muito rápida em um momento em que a economia sofre com a realidade da pandemia.

“São hábitos e costumes enraizados em nossa cultura e que precisarão se adaptar. A dura realidade da falta de matéria-prima para os frigoríficos tem trazido sérios problemas para o setor. Soma-se à ociosidade, que tem batido recordes a cada ano, o fator dos preços do produto final para o consumidor. O desequilíbrio entre a exportação e o mercado interno tem provocado um desequilíbrio maior ainda entre empresas exportadoras e não exportadoras”, afirma Bellincanta.

O presidente do sindicato aponta que, do outro lado do consumo está o produtor do “boi”, concorrendo com o produtor de grãos que fatura 5 ou 6 vezes mais que ele e que não perde oportunidade de assedia-lo para alugar suas terras.

“Ao longo de anos, o rebanho brasileiro veio se desgastando com o abate de matrizes e novilhas redundando neste momento em uma grave diminuição de oferta. Espera-se uma melhora do quadro uma vez que com preços melhores, muitas destas matrizes antes destinadas ao abate começaram a ser novamente destinadas à cria”, pontua o dirigente.

Segundo destacou o sindicato, as 33 indústrias frigoríficas instaladas em Mato Grosso trabalharam em 2020 com apenas 58,57% de capacidade. Do ano de 2018, os frigoríficos abateram cerca de 5.310.000 animais, arrecadando R$ 297 milhões, saltando no ano de 2020 para R$ 432 milhões, com apenas 5.126.000 animais abatidos.

O presidente do Sindifrigo explica que, “mesmo com a redução no número de abate, a arrecadação aumentou em 45%, em decorrência dos preços maiores. Bons números a serem comemorados, se não fossem os problemas que atingem a indústria no estado”.

A nota do sindicato diz que a falta da matéria prima traz uma concorrência entre os pequenos frigoríficos com difícil solução no curto prazo. A volta da oferta, a níveis em que as empresas retomassem sua capacidade instalada entre 75% a 80%, poderia tornar a concorrência mais equilibrada.

“A realidade, porém, está muito distante e neste momento se faz urgente uma ação governamental para amenizar e permitir que as pequenas empresas atravessem este período sem danos maiores. Danos que poderiam atingir de pecuaristas a trabalhadores. O Estado pode e cabe a ele a responsabilidade social de auxiliar uma determinada atividade, atingida por fatores externos, para que ela possa buscar novamente um equilíbrio. Evitar hoje uma quebradeira em cadeia dominó é mais que uma opção, é uma urgência inteligente de quem quer que o setor não tenha prejuízos irreversíveis”, alerta Bellincanta.

Segundo o Sindifrigo, os frigoríficos empregam hoje no estado 25.560 colaboradores diretos e movimenta um número incontável de atividades paralelas. Algumas cidades no interior têm no frigorífico sua maior renda e emprego, girando em torno dele comunidades inteiras. “Em muitos governos fomos chamados a sermos parceiros e nunca nos ausentamos de nossas responsabilidades, desejamos que nosso pleito de ajuda não seja visto apenas por meio de números em planilhas de gabinetes, mas que leve em conta nossa história que se entrelaça ao setor pecuário de Mato Grosso”, analisa Paulo Bellincanta.

10/05/2021 às 14h31

Milho: USDA anuncia cancelamento de venda de 280 mil t para China

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) o cancelamento de uma venda feita para a China, envolvendo 280 mil –

Leia Mais
10/05/2021 às 12h30

Exportação de ovos no 1º quadrimestre é a maior para o período em 5 anos

As exportações de ovos em 2021 tem ganhado espaço, já que o câmbio vem favorecendo as vendas externas e o mercado doméstico desaquecido. Em abril, –

Leia Mais
10/05/2021 às 12h01

Milho: indicador supera os R$ 100 a saca

O milho indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP), atingiu a marca histórica de R$ 100 a saca de 60 quilos na última semana, batendo um recorde –

Leia Mais
10/05/2021 às 08h45

Butantan vai demandar 20 milhões de ovos para produzir vacina ButanVac

O Instituto Butantan demandará milhões de ovos para produzir a ButanVac, nova vacina contra a Covid-19. Na quarta-feira, 28, a entidade recebeu o primeiro lote –

Leia Mais
10/05/2021 às 08h31

Boi gordo: baixa liquidez predomina no mercado físico e preços oscilam

A baixa liquidez predomina no mercado físico do boi gordo e, com isso, os preços oscilam conforme a praça pecuária do país e a necessidade –

Leia Mais
10/05/2021 às 08h01

Milho: oferta restrita eleva o preço da saca em Campinas para R$ 101

A oferta restrita do milho se sobrepõe à proximidade do início da colheita do milho 2ª safra, essa tensão sobre a oferta eleva o preço –

Leia Mais
08/05/2021 às 13h05

Veja como as redes sociais ajudaram produtora de queijo a aumentar as vendas em 400%

Na região de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a agricultora Walkiria Naves, inaugurou a queijaria Ouro das Gerais, na Fazenda Boa Aprazível, em 2018. A agricultora –

Leia Mais
08/05/2021 às 12h06

Milho: produção mundial 2020/21 deve ficar em 1,156 bi de toneladas

A produção mundial de milho em 2020/21 deverá totalizar 1,156 bilhão de toneladas, contra 1,139 bilhão do ano anterior. A estimativa faz parte do relatório –

Leia Mais
07/05/2021 às 20h31

Milho: semana termina com preços firmes e pouca oferta

O mercado brasileiro de milho registrou preços firmes novamente nesta sexta-feira. Como destaca o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado continua muito –

Leia Mais