Consumo de proteína animal está presente em 98% dos lares brasileiros
O consumo de proteína animal no Brasil está presente em 98,5% dos lares. O ovo é o principal destaque, com 96% de presença, seguido pela carne de frango, com 94%, carne suína, com 80%, carne bovina, com 79% e peixe, com 65%. Os dados são de uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ao Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado (CEAP), divulgada nesta quarta-feira, 23.
De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados informaram consumir ovos todos os dias. No caso da carne de frango, 54% consomem até três vezes por semana. Com a mesma frequência, 34% informaram consumir carne suína.
- Carne bovina: governo argentino reestabelece exportação, mas define cotas para produtores
- Diferença de preços entre carne suína e bovina bate recorde, diz Cepea
Questionados sobre a proteína animal mais consumida na residência, o ovo foi o principal mencionado por 35% dos entrevistados, seguido pela carne de frango, com 34% e a carne suína, por 4%. Realizada durante o período de pandemia, a pesquisa apontou que o consumo das carnes ocorre especialmente em casa.
Sobre frequência de compra, a pesquisa indicou que a compra de ovos ocorre semanalmente para 24% dos entrevistados, e quinzenalmente para 21%. No caso de frango, a compra é quinzenal para 22% e duas a três vezes por semana para 21%. No caso da carne suína, 24% preferem realizar a compra com frequência mensal.
E estas compras ocorrem, predominantemente, em supermercados e hipermercados, seja para carne de frango, carne suína e ovos. Em segundo lugar, o açougue é o principal ponto de compra para aves e suínos. Para os ovos, o mercado de bairro é a preferência.
No caso da carne de frango, 69% dos entrevistados preferem adquirir o produto em cortes, seguido por frango inteiro, com 22%; 9% declararam comprar ambos os produtos. Os resfriados lideram as compras, com 55%, contra 40% de congelados, e 5% que informam adquirir os produtos nas duas formas.
Em suínos, a preferência por produtos resfriados predomina, conforme 43% dos entrevistados. Congelados são a preferência de 26%, e 31% adquirem em outras apresentações. Linguiça, bacon, bisteca, costela, salsicha e pernil são os produtos suínos mais comprados.
Para ovos, 92% informaram comprar ovos convencionais. Uma parte deles, 36%, também informaram adquirir ovos caipira. Ovos brancos são os mais adquiridos, por 57% dos entrevistados, enquanto 15% adquirem o vermelho e 28% informaram comprar ambos.
Opção saudável
Em relação às características dos produtos, 82% consideram a carne de frango uma proteína saudável e 68% veem a proteína como mais prática de se preparar que as carnes vermelhas. Para o ovo, também 82% percebem o produto como uma excelente fonte de proteína, e 74% ressaltam como um dos alimentos mais completos e de alto valor nutricional. Para suínos, 73% preferem carnes não temperadas.
Alguns mitos ainda perduram. Entre os entrevistados, 59% ainda acreditam no famoso “mito dos hormônios” – houve, entretanto, retração neste índice, que era de 72% em 2012. No caso de suínos, 54% discordam que o produto tem baixo teor de gordura – o que já foi desmentido por diversas pesquisas. Em ovos, há a percepção de que o ovo vermelho é mais nutritivo que o branco.
Consumo de proteína animal na pandemia
Sobre os efeitos da pandemia, em média 22% dos entrevistados informaram ter aumentado a compra de ovos, carne de frango e carne suína. O ovo foi o principal destaque – dentre os que aumentaram as compras, 37% dos entrevistados aumentaram as compras no período pandêmico. Em frango, este índice chegou a 32% e de carne suína, 5%. Entre as principais razões apontadas estão fatores como preço e aumento do número das refeições nos lares.
Outro efeito foi a compra on-line. As compras de carne de frango, de ovos e de suínos mais que dobraram com a pandemia – subiram, em média, de 2% para 5% dos entrevistados realizando suas compras pela internet.
“O levantamento apontou insights importantes, como a necessidade de manter a inovação na apresentação dos produtos e indicativos de que o e-commerce ganhou força. Ainda não é possível dizer se são efeitos permanentes ou demandas de um período pandêmico, mas indicam a forte relação do consumo de produtos com o contexto em que o consumidor está inserido”, avalia Isis Sardella, gerente de marketing e promoção comercial da ABPA, que coordenou a pesquisa.
Focando em anseios de consumo, o principal destaque levantado pelos entrevistados está na embalagem – 39% apresentaram alguma sugestão. Questões como facilidade de higienização, praticidade e segurança no transporte e armazenamento, e embalagens biodegradáveis e recicláveis estão entre as mais apontadas.
“A pesquisa aponta importantes desafios de imagem, como é o caso dos mitos de consumo. Mas, ao mesmo tempo, indicou grandes conquistas para o nosso setor, como o reconhecimento por 53% deles de que o Brasil é o maior exportador de aves do planeta. São avanços importantes e indicativos de que há ainda muito a avançar’, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.
A pesquisa foi realizada entre novembro do ano passado e fevereiro deste ano, com 2.500 entrevistas em 113 cidades pelo país. Foram mais de 3 mil horas de entrevistas realizadas por 120 profissionais, focando membros das residências com poder de decisão de compra no domicílio, de ambos os sexos, das classes A,B,C,D e E, com idades entre 18 e 65 anos.
VEJA TAMBÉM
Milho: Conab indica plantio da 2ª safra 2022/23 em 10,7% no Brasil
O plantio de milho 2ª safra 2022/23 atingiu 10,7% da área estimada no Brasil, conforme relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados de –
Leia MaisCarne de frango: Uruguai negocia entrada de produtos na China
O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Fernando Mattos, visitou junto com o embaixador da China, Wang Gang, plantas de produção, criação e –
Leia MaisMantiqueira anuncia ex-Alpargatas, Márcio Utsch, como CEO da companhia
A Mantiqueira, líder na produção de ovos do Brasil, informou, em nota, que Márcio Utsch, ex-CEO da Alpargatas (2003 à 2019), assumiu a posição de –
Leia MaisAbate de aves em Buenos Aires sobe 9,8% em 2022
O abate de aves em Buenos Aires em 2022 atingiu 284,673 cabeças, o que implicou um aumento de 9,8%, informou o Ministério da Fazenda da –
Leia MaisAbate de suínos em Buenos Aires sobe 1,3% em 2022 e atinge 3,812 milhões cabeças
O abate de suínos em Buenos Aires em 2022 atingiu 3,812 milhões de cabeças, o que implicou um aumento de 1,3%, informou o Ministério da –
Leia MaisFrango: recua com força em janeiro, apesar de alta nos embarques
As médias de preços de grande parte dos produtos avícolas acompanhados pelo Cepea registraram baixas expressivas entre dezembro/22 e o primeiro mês de 2023, devido –
Leia MaisSuínos: mês termina com alta nos preços do animal vivo
Ao contrário do esperado por agentes do setor consultados pelo Cepea, as vendas de carne suína se aqueceram na última semana de janeiro – vale –
Leia MaisCarne suína: exportações atingem 80,001 mil toneladas em janeiro
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 198,023 milhões em janeiro (22 dias úteis), com média diária de US$ 9,001 milhões. –
Leia MaisCarnes: exportação de aves atinge 388,597 mil toneladas em janeiro
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 774,758 milhões em janeiro (22 dias úteis), –
Leia MaisCarne bovina: exportação do Uruguai cai 39% em janeiro ante 2021
As exportações de carne bovina do Uruguai somaram US$ 131 milhões, 39% abaixo do registrado em janeiro de 2022. No entanto, o produto foi o –
Leia Mais