24 de agosto de 2021 às 13h18

Custo com confinamento sobe e preocupa produtor, diz DSM

O gerente da categoria de Confinamento da DSM, Marcos Baruselli, destacou que os elevados custos inflacionários vêm preocupando o setor de pecuária voltado à atividade de confinamento. “Os insumos e matérias-primas usados no confinamento vêm subindo muito neste ano, como os minerais e as vitaminas. Os fosfatados bicálcicos e a ureia pecuária subiram de 20% a 30% neste ano, por exemplo, acompanhando a alta do dólar. Já o milho dobrou de preço, com a saca passando de R$ 40 a R$ 50, no ano passado, para valores entre R$ 90 a R$ 100 neste ano”, comenta.

Conforme Baruselli, o custo médio diário da dieta dos animais em São Paulo passou de R$ 9 a R$ 10 para R$ 18, o que encareceu a atividade de confinamento como um todo. “Hoje se estima que o custo por arroba na atividade de confinamento chegue ao redor de R$ 260, tendo como base o mercado de São Paulo, o que pode variar no Brasil, dependendo da região”, detalha.

Baruselli salienta que apesar do setor estar receoso com os custos, não houve uma queda nos confinamentos de primeiro giro, uma vez que o valor pago pela arroba também cresceu significativamente. “A arroba em São Paulo saltou de R$ 150 para R$ 315, mesmo em um momento de retração no consumo de carne bovina diante da elevação na taxa de desemprego no Brasil. Esse avanço no preço foi determinado pela exportação, que se mostra bastante aquecida. Nesse cenário, mesmo em um período de matéria-prima em alta, o preço da arroba acaba cobrindo os custos da atividade de confinamento e a conta é positiva para o pecuarista, que consegue uma lucratividade ao redor de R$ 55 por arroba”, avalia.

O gerente afirma que, em meio a custos elevados do milho grão, do milho silagem e da soja, os pecuaristas buscaram fazer um uso maior de co-produtos de indústrias como proteínas alternativas na dieta dos animais no primeiro giro de confinamento. “Eles fizeram uso da pasta de soja, gérmen de milho, farelo de arroz, polpa cítrica (especialmente em São Paulo), entre outros, dependendo da região”, pontua.

Baruselli disse que a DSM está realizando neste momento o levantamento de seguro giro dos confinamentos pelo Brasil e os resultados devem ser conhecidos dentro de 40 dias. “No primeiro giro, a atividade cresceu em torno de 9%, devido à alta da arroba bovina. A expectativa é de que os dados mostrem um avanço ao longo deste ano”, prospecta.

O representante da DSM ressalta que a atividade de confinamento no Brasil vem avançando entre 5% a 6% a cada ano. Em 2020, o censo de confinamento da DSM apontou um confinamento recorde de 6,18 milhões de cabeças, com um avanço de 6% ante os números de 2019. “No ano passado houve um crescimento expressivo nos confinamentos no Brasil Central, com destaque para o Mato Grosso e Goiás. Esperamos que em 2021 os números também apontem um aumento na atividade, embora talvez em patamares menores, devido ao cenário de forte elevação nos custos”, avalia.

Projeções para o confinamento no Brasil

Baruselli acredita que as primeiras expectativas para o ano de 2022 são bastante positivas para a pecuária e a atividade de confinamento. “As perspectivas são boas, uma vez a demanda para a carne bovina tende a seguir muito positiva em todo o mundo, favorecendo a exportação. Além disso, há fortes indicativos de uma retomada na atividade econômica no Brasil no próximo ano, contribuindo para um aumento no consumo de carne bovina. Por este cenário, a arroba tende a seguir com um valor bastante interessante, não ficando abaixo de R$ 300 no próximo ano”, sinaliza.

11/07/2022 às 18h02

Suínos: exportações atingem 83,536 mil t em julho

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 67,728 milhões em julho (6 dias úteis), com média diária de US$ 11,287 milhões. –

Leia Mais
10/07/2022 às 12h03

Exportações de frango crescem 8% no primeiro semestre no RS

As exportações de carne de frango (processada e in natura) do Rio Grande do Sul aumentaram 8% no primeiro semestre de 2022. No período de –

Leia Mais
07/07/2022 às 20h02

Frigol se habilita para exportar carne bovina para o Canadá

Presente em mais de 60 países pelo mundo, a Frigol acaba de obter mais uma certificação que permite ao frigorífico exportar proteína animal para o –

Leia Mais
05/07/2022 às 14h03

Milho: Paraguai espera recorde na produção da safrinha 2022

De acordo com a Câmara Paraguaia de Exportadores e Comerciantes de Cereais e Oleaginosas (Capeco), o país espera um recorde na produção de milho da –

Leia Mais
05/07/2022 às 12h03

Suínos: rebanho na Alemanha é o menor em mais de 30 anos

De acordo com os resultados preliminares do inquérito populacional de suínos publicado pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis), a população de suínos na Alemanha caiu –

Leia Mais
04/07/2022 às 13h02

Carnes: rebanho de matrizes suínas da China cai 8% em maio, diz ministério

O Ministério da Agricultura da China disse nesta quinta-feira que seu rebanho de porcas caiu mais de 8% em maio em comparação com um ano –

Leia Mais
04/07/2022 às 07h02

Carne suína: exportações atingem 83,536 mil t em junho

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 202,945 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 9,664 milhões. –

Leia Mais
03/07/2022 às 12h02

Preço da carne de frango cai e eleva competitividade frente à suína, aponta Cepea

Os preços da carne de frango seguiram enfraquecidos em junho, ao passo que os valores da suína subiram. Diante disso, a competitividade da proteína avícola –

Leia Mais
01/07/2022 às 14h02

ABCS solicita ao MAPA inclusão de suínos na merenda escolar

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) levou para a Câmara Setorial de Suínos e Aves do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), –

Leia Mais
30/06/2022 às 18h01

Suínos: média de preços sobe no comparativo mensal, mas segue menor no anual

Os preços médios do suíno vivo em junho (até o dia 29) apresentam movimento de alta frente aos de maio. Por outro lado, na comparação –

Leia Mais