PIB do agro cai 8% no terceiro trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, recuou 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O PIB, no período, somou R$ 2,2 trilhões. Os dados foi divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, no entanto, houve uma alta de 4%. O PIB também acumula alta no período de 12 meses (3,9%).
Na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, a queda foi puxada pelo setor agropecuário, que teve perdas de 8%. Segundo a pesquisadora Rebeca Palis, do IBGE, o resultado foi influenciado pelo encerramento da safra de soja, que fica mais concentrada no primeiro semestre do ano.
“Como ela é a principal commodity brasileira, a produção agrícola tende a ser menor a partir do segundo semestre. Além disso, a agropecuária vem de uma base de comparação alta, já que foi a atividade que mais cresceu no período de pandemia e, para este ano, as perspectivas não foram tão positivas, em ano de bienalidade negativa para o café e com a ocorrência de fatores climáticos adversos na época do plantio de alguns grãos”, afirma a pesquisadora.
O setor de agropecuária caiu 9% em relação a igual período de 2020. Esse resultado explica-se, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre e apresentaram retração na estimativa de produção anual e perda de produtividade: café (-22,4%), algodão (-17,5%), milho (-16%), laranja (-13,8%) e cana de açúcar (-7,6%). Além disso, as estimativas para pecuária também apontaram um fraco desempenho dessa atividade no trimestre analisado.
No entanto, o saldo do PIB do agro acumulado em quatro trimestres ainda é positivo em 0,2%, em relação ao resultado anterior.

Foto: Mapa
Outros setores
A indústria manteve-se estável no período. Por outro lado, a alta de 1,1% do setor de serviços evitou um recuo maior do PIB no terceiro trimestre. A construção cresceu 3,9% e evitou uma queda da indústria.
A alta dos serviços foi puxada por outras atividades de serviços (4,4%), informação e comunicação (2,4%), transporte, armazenagem e correio (1,2%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,8%). As atividades imobiliárias mantiveram-se estáveis, enquanto atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e comércio tiveram quedas de 0,5% e 0,4%, respectivamente.
Sob a ótica da demanda, a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 0,1%. O consumo das famílias cresceu 0,9%, enquanto o consumo do governo subiu 0,8%.
No setor externo, houve quedas nas exportações (-9,8%) e importações (-8,3%) de bens e serviços.
O IBGE também divulgou uma revisão do desempenho do PIB em 2020. A taxa de queda de 4,1%, informada anteriormente, foi corrigida para um decréscimo de 3,9%.
VEJA TAMBÉM
Aftosa: MT já cumpriu 76% das metas para se tornar área livre, sem vacinação
Mato Grosso já cumpriu ou está em fase final de conclusão de 76% das metas exigidas pelo Ministério da Agricultura para conquistar, mais à frente, –
Leia MaisSetores de aves e suínos do RS definem programação para Avisulat
A programação de atividades dos setores da avicultura e da suinocultura, bem como as palestras magnas já estão disponíveis para consulta do público no site –
Leia MaisSuínos: poder de compra do suinocultor cai em setembro
O poder de compra do suinocultor frente ao milho e ao farelo de soja recuou nesta parcial de setembro frente ao do mês anterior, interrompendo –
Leia MaisBoi: China segue como maior destino da carne brasileira
A demanda chinesa por carne bovina segue bastante aquecida neste ano. E o Brasil, que consegue ofertar uma carne de qualidade, a preços competitivos e –
Leia MaisCarnes: Argentina inicia campanha de vacinação contra febre aftosa e brucelose
O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) iniciou a segunda campanha anual de vacinação contra a febre aftosa em 2022. Serão vacinadas as –
Leia MaisCarne suína: importações da China em agosto de 2022 chegam a 140 mil toneladas
Os dados da alfândega chinesa divulgados segunda-feira (19) mostram as importações de carne suína em agosto de 2022 em 140 mil toneladas, com queda de –
Leia MaisCarnes: preços de bezerros e novilhos são os mais afetados pela inflação na Argentina
O preço dos bezerros na Argentina perdeu 15% do seu valor em termos reais, entre abril e setembro deste ano, embora o preço deva crescer –
Leia MaisCarne bovina: produção da Argentina cresce 6,1% em agosto na base mensal
A produção de carne bovina da Argentina totalizou 289.000 toneladas em agosto, o que representou um aumento de 6,1% em relação a julho e de –
Leia MaisCarne bovina: União Europeia deve produzir 6,7 milhões de t em 2023
A União Europeia deverá produzir 6,7 milhões de toneladas de carne bovina (em equivalente carcaça) em 2023, segundo informações divulgadas pelo boletim Gain Report, de –
Leia MaisSuínos: preço cai e carne suína ganha competitividade
As cotações médias das carnes suína, de frango e bovina, todas comercializadas no atacado da Grande São Paulo, vêm registrando baixa em comparação a agosto. –
Leia Mais