Efeito China: exportações de carne bovina registram forte queda em volume e receita
As exportações totais de carne bovina (envolvendo o produto in natura e processados) movimentaram 105.200 toneladas em novembro, proporcionando uma receita de US$ 501 milhões. As informações foram divulgadas neste sábado (4) pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, compilados pela entidade. Isso significou uma diminuição na movimentação de 92.651 toneladas em relação a novembro de 2020, com suas vendas de 197.852 toneladas (queda de 47%). Na receita houve queda de 41% (ela foi de US$ 844,87 milhões em 2020).
- Carne bovina: embargo chinês resulta em pior novembro para exportações desde 2016
- Carne bovina: fim do embargo chinês pode gerar problema de escassez
Com a ausência da China, o maior importador do produto, as exportações totais no acumulado de janeiro a novembro já estão 7,15% menores que as do mesmo período de 2020. No ano passado, até novembro, o total movimentado atingia 1.848.067 toneladas e a receita US$ 7,744 bilhões. Neste ano, em novembro, o total acumulado alcançou a 1.716.000 toneladas e a receita US$ 8,5 bilhões, com aumento de 10% graças a elevação dos preços do produto no mercado internacional. Em 2021, os preços médios de exportação no acumulado até novembro alcançaram US$4.959 por tonelada, aumento de 18,35% em relação aos preços do mesmo período de 2020 (US$4.190).
Entre os 20 maiores compradores do produto brasileiro, no acumulado do ano, a China se mantém em primeiro lugar, com 928.815 toneladas importadas pelo continente e pela cidade estado de Hong Kong, 54% do total movimentado pelo país (em 2020 foram de 1.071.516 toneladas, 58% do total). Em segunda posição vem os Estados Unidos que movimentou até aqui 117.805 toneladas, contra 54.384 toneladas no ano passado (aumento de 116,6%). O Chile, que ampliou suas aquisições em 21,3%, passando de 81.682 toneladas no ano passado para 99.148 toneladas em 2021, ocupou a terceira posição.
Na quarta colocação, com 55.399 toneladas importadas está o Egito que reduziu suas compras em 54,9% em relação a 2020, quando movimentou 122.753 toneladas. Os Emirados Árabes ocuparam o quinto lugar, com crescimento de 16,7% na movimentação que passou de 38.137 toneladas no ano passado para 44.510 toneladas neste ano. As Filipinas assumiram a sexta posição aumentando suas aquisições em 16,5%, passando de 36.690 toneladas em 2020 para 40.590 toneladas em 2021; No total , 95 países aumentaram suas compras e outros 75 reduziram suas aquisições.
VEJA TAMBÉM
Poder de compra de pecuaristas paulistas frente ao milho é o pior em cinco anos
O atual poder de compra de pecuaristas paulistas frente ao milho é o pior desde junho de 2016. Segundo pesquisadores do Cepea, nem mesmo as –
Leia MaisFurto de gado causa prejuízo de R$ 50 mil a pecuaristas de RR
A Polícia Civil de Roraima deu uma resposta após pecuaristas pedirem ajuda contra a criminalidade, que vem causando prejuízos. Segundo informações, em seis meses, o –
Leia MaisCarne bovina: consumo mundial deve bater recorde em 2021
O consumo mundial de carne bovina deve bater recorde em 2021, totalizando mais de 60 milhões de toneladas em equivalente carcaça. O Departamento de Agricultura –
Leia MaisCom a oferta de carcaça bovina aumentando, preços no atacado estremecem
O volume de carne bovina disponível no mercado atacadista de carne bovina tem evoluído desde a semana anterior, o que tem implicado no aumento da –
Leia MaisBolsonaro confirma participação na abertura oficial da Expozebu
O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou nesta terça-feira, 27, a participação na abertura oficial da 86ª ExpoZebu, que está programada para o próximo sábado, –
Leia MaisRS: setores divergem sobre valor de referência do litro pago ao produtor de leite
O Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite do estado do Rio Grande do Sul anunciou que os parâmetros utilizados para calcular o valor –
Leia MaisBoi: tendência é pecuarista perder capacidade de retenção de animais, diz Safras
O mercado físico de boi gordo registrou novamente preços mais baixos em algumas das principais regiões de produção e comercialização nesta quarta-feira, 28. Segundo o –
Leia MaisMilho: lavouras de safrinha devem ter perdas de 30% em Rio Verde (GO)
As condições das lavouras de milho safrinha estão críticas em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, devido ao quadro de déficit hídrico enfrentado na região. –
Leia MaisCarnes: na Argentina, produtores dizem que governo começou a intervir no mercado
As Confederações Rurais da Argentina (CRA) alertaram que o governo, por meio do Ministério do Comércio Interno, liderado por Paula Español, pediu ao Supermercado Coto –
Leia Mais