12 de junho de 2021 às 19h02

Cacto, capim e milho: combinação de forrageiras é boa fonte de nutrição para o gado

Palma

Pesquisa identificou forrageiras ideais para alimentação no semiárido. Foto: CNA

Combinadas, as diferentes espécies de forrageiras são uma excelente fonte de nutrição para os animais do semiárido pernambucano. É o que apontam os resultados do projeto Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável, apresentado neste mês, durante o último Dia de Campo virtual do projeto.

“É um momento de muita alegria para todos nós. As forrageiras são de vital importância para uma região que significa 80% do território pernambucano, onde a principal atividade econômica é a pecuária” afirmou o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra.

A iniciativa envolve o Sistema CNA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para desenvolver espécies forrageiras, adaptadas ao clima seco da região, como alternativas de alimentação e nutrição para a pecuária no Nordeste e norte de Minas Gerais.

“A disponibilidade de forragens adequada para essas regiões é um esforço concentrado das nossas instituições para tornar ainda mais competitiva nossa agropecuária que é a principal sustentação dessa região”, ressaltou Guerra. A Unidade de Referência Tecnológica (URT) fica no município de São João, a 220 quilômetros da capital Recife.

O projeto analisou diferentes espécies de gramíneas anuais, sendo duas variedades de milho, duas de sorgo e duas de milheto, onde o milho BRS 2022 ficou em destaque com produtividade de 13,4 toneladas de matéria seca por hectare/ano em um ciclo de produção de 90 dias.

Soraia Souza, responsável técnica da URT. Foto: CNA

Segundo a responsável técnica pela URT, Soraia Souza, o milho BRS 2022 é uma cultivar considerada de ciclo médio, “sendo uma boa opção para a região do semiárido e também adequada à agricultura de baixo investimento”.

Em relação às gramíneas perenes, o projeto avaliou os capins Áridus, Búffell Biloela, Massai, Tamani e Piatã. O Piatã e Búffel Biloela foram os mais produtivos, com desempenho de 6,5 e 6,3 toneladas de massa seca por hectare/ano, respectivamente.

“Todas as gramíneas apresentaram acima de 70% de sobrevivência e bom reestabelecimento dos estandes, especialmente o Massai, que produziu grande quantidade de sementes”, afirmou Soraia. “O Biloela foi um dos mais resistentes à seca. O Búffel Áridus e o Tamani foram destaques porque se estabeleceram bem após o período seco e o Tamani se destacou também pela rápida velocidade de rebrota.”

A Palma Forrageira Orelha de Elefante Mexicana, Orelha de Elefante Africana, Ipa Sertânia e Miúda foram as cactáceas analisadas na Unidade de São João. A variedade Orelha de Elefante Mexicana ficou em primeiro lugar em desempenho, com produção de 22,7 toneladas de massa seca por hectare/ano, seguida da Miúda, com 18,2 toneladas.

“A palma forrageira é um componente estratégico no cardápio forrageiro e serve como reserva de forragem. Pode ficar muito tempo no campo e não tem perdas nutricionais”, ressaltou a responsável técnica. “É recomendada para todos os criadores de ruminantes do semiárido porque disponibiliza água, é resistente à seca e uma boa fonte de energia, além de boa aceitabilidade dos animais.”

Entre as lenhosas analisadas, Gliricídia e Leucena, a Gliricídia ficou em primeiro lugar por desempenho de produção com 6,7 toneladas de massa seca por hectare/ano. “As lenhosas entram na dieta dos animais como fonte de proteína e como são árvores, fazem sombra e proporcionam conforto térmico aos animais”, destacou Soraia.

Além da nutrição e conforto térmico para os animais, as plantas lenhosas também promovem a nutrição do solo com a fixação biológica de nitrogênio.

Durante o Dia de Campo virtual, o produtor Vinicius de Carvalho Leite afirmou que conheceu os resultados da Unidade de Referência e melhorou tanto a produtividade das forrageiras na propriedade, quanto a alimentação do seu rebanho.

“A gente não usava o trato adequado, a plantação de palma estava pulverizada e quando conhecemos o projeto, conseguimos entender as técnicas e fazer o manejo adequado, acompanhar a quantidade de chuvas, trazer o capim Massai que tem excelente rebrota. Com o conhecimento estamos conseguindo muito sucesso na propriedade.”

Para o reitor da Universidade Federal do Agreste Pernambucano (Ufape), professor Airon Melo, o projeto é fundamental para o semiárido “porque, a partir dessas experiências, podemos divulgar para o produtor ter mais segurança para sobreviver e produzir com garantia no semiárido”.

19/01/2022 às 07h04

Abate de bovinos chega ao menor nível desde 2015 em Mato Grosso

A quantidade de animais abatidos em 2021 totalizou 4,71 milhões de cabeças em Mato Grosso, volume que não é observado desde o ano de 2015, –

Leia Mais
18/01/2022 às 14h01

Comercialização da safra 21/22 de milho tem aumento expressivo em MT

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola, a safra 20/21 apresentou um avanço de 2,56 p.p. ante novembro/21 e totalizou 97,62% da produção –

Leia Mais
18/01/2022 às 09h04

Milho: oferta dos EUA deve atingir 415 mi de toneladas, diz Safras

A oferta total de milho dos Estados Unidos pode atingir 415,9 milhões de toneladas na temporada 2021/22, segundo estimativas da Safras & Mercado, tendo como –

Leia Mais
18/01/2022 às 07h01

Plantio de milho atinge 1,57% em Mato Grosso, diz Imea

A semeadura da safra de milho 2021/22 de Mato Grosso atingiu 1,57%, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), com número obtido até 14 –

Leia Mais
17/01/2022 às 17h01

Milho é negociado acima dos R$ 100/sc em algumas praças, aponta Cepea

Em algumas praças acompanhadas pelo Cepea, a saca de 60 kg do milho já vem sendo negociada acima de R$ 100, como é caso de –

Leia Mais
17/01/2022 às 15h03

Após forte queda, preço do ovo reage na 2ª semana do mês

Os preços dos ovos comerciais apresentaram reajustes positivos na segunda semana de janeiro, recuperando apenas parte das intensas perdas verificadas no início do ano, quando –

Leia Mais
17/01/2022 às 11h02

Influenza aviária: vírus é encontrado em marreco selvagem na Carolina do Sul, nos EUA

Um vírus altamente patogênico de influenza aviária foi encontrado em um marreco selvagem no condado de Colleton, na Carolina do Sul, informou o Departamento de –

Leia Mais
15/01/2022 às 16h01

Demanda fraca pressiona cotações do frango, aponta Cepea

Os preços do frango inteiro estão em queda neste começo de janeiro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores, a pressão vem –

Leia Mais
15/01/2022 às 12h01

Falta de chuvas atrasa plantio de milho na Argentina

O plantio de milho da safra 2021/22 atinge 86,4% da área na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a superfície é projetada –

Leia Mais
14/01/2022 às 08h02

BRF cria joint venture com fundo da Arábia Saudita para produção de frangos

A BRF anunciou a criação de uma joint venture com o fundo soberano da Arábia Saudita, PIF (Public Investment Fund), para a produção de frango –

Leia Mais