Freio de Ouro reencontra o público na Expointer 2021

No Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, no Rio Grande do Sul, foi realizada neste domingo, 5, a última etapa classificatória do Freio de Ouro, prova tradicional que é a principal ferramenta de seleção da raça crioula. A grande novidade foi a volta do público.

Mesmo com número reduzido de pessoas, por causa da pandemia, a volta do público significa muito para os criadores.

Justiceiro do Mano a Mano. Foto: Leandro Vieira/divulgação

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Onécio Silveira Prado Junior, a pandemia foi um período muito difícil, em que foi preciso mudar o calendário. “Mas o importante é que a prova foi mantida e, agora, com a volta gradual, respeitando todos os protocolos necessários, podemos ter a volta do público e para a final vamos tentar aumentar esse número”, disse.

A prova da mangueira é dividida em duas etapas. Na primeira, o ginete tem 30 segundos para apartar os animais.

Na segunda etapa, o objetivo é encostar o dorso do cavalo no gado, movimento chamado de pechada. Três juízes avaliam os movimentos e dão notas que variam de zero a 10.

A segunda parte da competição acontece na arena externa do Parque Assis Brasil. A prova Bayard Sarmento é muito técnica. Exige do cavalo disciplina, força, velocidade. E comando do ginete. Com o piso encharcado por causa da chuva, o desafio foi muito maior neste ano.

Nas fêmeas, o primeiro lugar da classificatória ficou com a égua Na Lua do Ouriço, da Cabanha do Ouriço, de Carazinho (RS), montada pelo ginete Guto Freire. Já nos machos, a vitória foi do cavalo Justiceiro do Mano a Mano, das cabanhas Três Trotes, Trigo Limpo, Águia e da Estrela e Marca Onze, de Teutônia (RS), guiado pelo ginete Cláudio dos Santos Fagundes.

Na Lua do Ouriço. Foto: Felipe Ulbrich/divulgação

Eles são os últimos classificados para a grande final do Freio de Ouro, que neste ano será realizada em evento único, entre 29 de setembro a 3 de outubro.

Neste ano, a ABCCC realizou cinco etapas classificatórias, sendo duas internacionais, uma na Argentina e outra no Uruguai. Pela primeira vez, em 40 anos de Freio de Ouro, a final da competição está fora da programação da Expointer.

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