Furto de gado: RS tem queda de casos mas situação ainda preocupa
No primeiro bimestre de 2021, o Rio Grande do Sul registrou 555 casos de furto ou roubo de gado, o famoso abigeato. Esse é o menor número para o período desde 2012, segundo dados da Polícia Civil do estado. O recorde foi registrado em 2016, quando aconteceram 1.491 casos.
Os números deste ano confirmam que o trabalho da Brigada Militar e da Polícia Civil tem conseguido coibir esse tipo de crime. No ano passado, o total já havia recuado 6% em relação a 2019, saindo de 5.591 para 5.242. A queda é ainda mais expressiva (17%) quando comparada ao total de 2018, quando foram registrados 6.343 crimes.
Mas o campo está longe de ter paz. Com a fiscalização rigorosa nas cidades, os assaltos têm sido comuns nas fazendas, indo além do gado. Os criminosos levam máquinas, insumos e eletrodomésticos — muitas vezes após aterrorizarem as famílias de produtores rurais por horas.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, conta que os produtores estão se organizando em aplicativos de mensagem, como o WhatsApp, para compartilhar informações sobre movimentações e pessoas suspeitas.
O major Hélio Soares dos Santos Júnior, comandante do 2º Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira, afirma que a iniciativa é muito útil. “Isso permite a integração dos produtores com o comando da Brigada Militar, para que a gente receba informações e tome alguma ação”, diz.
Casos recentes de furto de gado e assaltos
O pecuarista João Batista Azambuja, do município de Pinheiro Machado (RS), foi à cidade e quando voltou, minutos depois, quatro de suas onze ovelhas haviam sido furtadas. Ele desabafa e diz que a criminalidade vem tirando o sono dos produtores rurais.
“Temos que dar um jeito de ter mais segurança na área rural. Estão muito perigosos estes assaltos. Eles estão chegando nas casas com as pessoas lá. Eles não vão mais arrombar só quando as pessoas não estão, eles rendem as pessoas”, afirma Azambuja.
Esse foi o caso da família do pecuarista Airton Vieira, também de Pinheiro Machado. Há pouco mais de um mês, criminosos armados invadiram a propriedade, por volta da 1h da madrugada, e os fizeram de reféns até 3h45.
Apesar de terem saído sem ferimentos do episódio, os Vieira ficaram traumatizados. “O pior é o psicológico que fica dentro da gente, o medo. A gente passa o dia tranquilo, mas chega naquela hora e a gente não consegue nem dormir por falta de segurança”, diz o produtor.
Para Azambuja, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul ou até mesmo o Exército brasileiro precisam engrossar o patrulhamento nas zonas rurais para coibir atividades criminosas. “O cara trabalha o dia todo e chega a noite não pode dormir. Cachorro late, e você não sabe que movimento é. É carro cruzando bem devagarinho, e você não sabe aonde ele vai”, diz.
VEJA TAMBÉM
Carnes: exportação de aves atinge 108,923 mil toneladas em dezembro
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 219,233 milhões em dezembro (7 dias úteis), –
Leia MaisOvos: preços se estabilizam neste início de mês
Os preços dos ovos se mantiveram estáveis neste início de dezembro. De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, essa estabilidade é reflexo do ajuste entre –
Leia MaisFrango: volume exportado em 2022 deve atingir novo recorde
As exportações brasileiras de carne de frango (in natura e processados) caíram de outubro para novembro. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados –
Leia MaisCarne de frango: embarques do Rio Grande do Sul aumentam 20% em novembro
As exportações gaúchas de carne de frango e suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 90,85 mil toneladas em novembro, informa –
Leia MaisSuínos: valores oscilam neste começo de mês
Neste início de dezembro, as cotações do suíno posto no mercado independente vêm registrando movimentações distintas dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, conforme as condições –
Leia MaisBoi: volume exportado na parcial de 2022 já é recorde anual
As exportações brasileiras de carne bovina in natura recuaram de outubro para novembro. Ainda assim, pesquisadores do Cepea destacam que os elevados volumes embarcados nos –
Leia MaisCarne bovina: exportações da Argentina caem 3,1% em outubro ante setembro
Em outubro, o volume exportado de carne bovina foi equivalente a 52,8 mil toneladas de peso do produto, que apresentou queda de 3,1% no volume –
Leia MaisOvos: preços dos ovos recuam em novembro
Os preços dos ovos recuaram em novembro em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. De acordo com colaboradores, a procura esteve enfraquecida ao longo do –
Leia MaisCarnes: preços no Uruguai atingem alta histórica em 2022
Os indicadores de preço de carne no Uruguai atingiram uma alta histórica em 2022. Com taxas de crescimento superiores às da carne exportada, o preço –
Leia MaisFrango: poder de compra frente ao milho e ao farelo cai pelo 3º mês seguido
Os preços médios do frango vivo caíram de outubro para novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores foram pressionados pelo aumento da oferta de produtos –
Leia Mais