Governo de MT estuda criação de fundo garantidor para bacia leiteira
O governo de Mato Grosso quer ampliar produção de leite do estado por meio de um programa de expansão. A iniciativa é fortalecer toda a cadeia produtiva mato-grossense para tornar o estado um dos maiores produtores do país.
Para isso, indústrias, cooperativas e os produtores de leite do estado têm um prazo de 15 dias para apresentar as autoridades um relatório com os principais gargalos e desafios do setor, para que através de um programa de expansão da cadeia, o governo possa oferecer um fundo garantidor regulamentado para dar suporte a bacia leiteira do estado.
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“O objetivo é que a gente fortaleça a agricultura familiar no segmento do leite, já 48% da agricultura familiar de mato grosso tem lá sua atividade do leite. Pensando nisso, o governador reuniu todo esse segmento para que em parceria com o setor, a gente possa fortalecer especificamente a genética, alimentação e também das boas práticas da produção de leite do Mato Grosso”, diz o secretário de agricultura familiar, Silvano do Amaral.
Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Leite da Região Oeste do estado (APLO) , Luciano Rodrigues, a expectativa é de que a cadeia produtiva consiga o recurso adicional.
“Vi muita transparência, muita vontade de trabalhar entre a secretaria da agricultura familiar e o governador. Vamos aguardar na expectativa de que saia um projeto para e que esse recurso realmente venha para o produtor”, diz Rodrigues.
“É um projeto muito promissor. O governador nos alinhou com as políticas de estado, isso é muito importante porque Mato Grosso não tem uma política de estado para pecuária de leite. Primeiro vamos levantar as demandas dessa cadeia vamos encaminhar à secretaria para que seja apresentado ao governador”, ressalta Dolor Vilela, presidente da Aproleite-MT.
Atualmente Mato Grosso ocupa o 11º lugar no ranking e responde por 2,2% da produção nacional com pouco mais de 684 mil litros de leite produzidos. A expectativa do setor com o programa de parceria é melhorar essa posição e tornar o estado referência na produção.
“Temos uma produção de 4,2 de leite por animal, que é muito pouco, levando-se em consideração que a gente tem que ter toda uma eficiência, uma vez que as próprias indústrias estão querendo comprar leite e estão trabalhando com muita ociosidade, 40% das indústrias estão querendo receber leite para produzir mais. Queremos fazer um grande projeto alinhado com todo o segmento para fortalecer no quesito genética com o objetivo de produzir mais leite, para que o pequeno produtor possa ganhar dinheiro, ficar lá na terra e ter condições de qualidade de vida e ter conforto para a sua família”, pontua Silvano do Amaral.
Ainda segundo o secretário de agricultura, além do programa de expansão em formação, o governo através da secretaria promove outras ações de fortalecimento da produção de leite no estado.
“O calcário que é para recuperação de pastagens, melhorar e fortalecer a alimentação, equipamentos para fortalecer silagem e mecanização que é para o caso de tratores, máquinas e equipamentos. Também resfriadores de leite, além do grande investimento na genética leiteira. Temos já definido para 2021/22 a entrega de 20 mil doses de sêmen. Além disso, ações de assistência técnica, ações de mais resfriadores de leite.
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