JBS antecipa em 5 anos metas de desmatamento ilegal zero em quatro biomas
A JBS, segunda maior empresa de alimentos do mundo e líder em proteína, antecipou de 2030 para 2025 sua meta de desmatamento ilegal zero para sua cadeia de fornecimento de bovinos, incluindo os fornecedores de seus fornecedores, nos biomas Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga, mesmo compromisso já estabelecido para a Amazônia. Trata-se da meta mais abrangente e desafiadora entre as empresas de proteína do país, ao contemplar o monitoramento de fornecedores para todos os biomas em que a empresa opera, e a que tem prazo mais curto.
“Esse é um passo fundamental, que responde a um desafio para todo o setor”, afirma Renato Costa, presidente da Friboi. “Estamos cumprindo com nossa responsabilidade e atuando em parceria com toda nossa cadeia produtiva para garantir sua sustentabilidade”, completa.
A antecipação foi viabilizada pelo rápido avanço da Plataforma Pecuária Transparente. Com o uso de tecnologia blockchain, a JBS vai avançar na rastreabilidade da cadeia até 2025, identificando elos anteriores e aplicando critérios de sustentabilidade para análise dos fornecedores de seus fornecedores em todos os biomas em que opera. De forma inédita no setor, a nova plataforma permite que todos os fornecedores diretos de animais da Companhia também avaliem seus próprios fornecedores, para garantir que todos estejam atendendo a Política de Compra Responsável da JBS.
Em operação desde 2009, o Sistema de Monitoramento da JBS avalia diariamente quase 80 mil fazendas fornecedoras e cobre, por análises de imagens de satélite das propriedades, para prevenir desmatamento, uma área de 85 milhões de hectares (850.000 km²), maior que o território da França, maior país da Europa ocidental com 643.801 km². Ao longo dos últimos dez anos, mais de 11 mil fornecedores foram bloqueados por não estarem em conformidade com os critérios socioambientais da JBS. Todo o sistema e as compras de bovinos da Companhia são auditados de forma independente. Os resultados das auditorias anuais são publicados no site da Companhia.
Além de avançar no monitoramento e rastreabilidade da cadeia, a JBS informa que vem ajudando os produtores na regularização ambiental de suas propriedades, por meio de uma rede de Escritórios Verdes, localizados em suas unidades de processamento em várias regiões do país. Já são 13 escritórios abertos, para prestar assistência técnica a todos os produtores que aderirem à Plataforma Pecuária Transparente e precisarem de apoio para solucionar seus passivos ambientais e atingir conformidade legal. Com esse suporte técnico, fazendas hoje bloqueadas, por exemplo, poderão voltar a ser fornecedoras após a sua regularização.
Todos os fornecedores da JBS deverão aderir à Plataforma Pecuária Transparente até o fim de 2025. A partir de 1º de janeiro de 2026, passa a ser condição obrigatória para negociar animais com a Companhia a adesão à Plataforma. Assim será possível garantir o cumprimento da política de tolerância zero para o desmatamento ilegal, além dos demais critérios socioambientais da JBS.
“Sabemos que a confiança é vital nesse processo de transformação com os fornecedores. Por isso tudo está sendo construído com muito diálogo, aprendizado e transparência. A adesão dos produtores à nossa estratégia tem sido muito positiva e pode ser que a meta seja atingida em menos tempo que o previsto. Estamos trabalhando para isso”, diz Márcio Nappo, diretor de Sustentabilidade da JBS.
Segundo a empresa, todos esses avanços no sistema de monitoramento da cadeia de fornecimento se alinham ao Compromisso Net Zero 2040, anunciado pela JBS em março deste ano. Primeira empresa global do setor de proteína a estabelecer essa meta, a Companhia vai zerar o balanço líquido de suas emissões de gases causadores do efeito estufa em menos de duas décadas, reduzindo a intensidade de suas emissões diretas e indiretas e compensando toda a emissão residual em todas suas operações e cadeias de valor no mundo.
Para isso, a JBS vai utilizar os critérios baseados na ciência estabelecidos pela Science Based Targets initiative. A SBTi é uma parceria entre o Carbon Disclosure Project (CDP), o Pacto Global das Nações Unidas, o World Resources Institute (WRI) e o World Wildlife Fund (WWF) pela promoção de uma economia de carbono zero. A Companhia integra, ainda, a iniciativa Race to Zero da ONU.
VEJA TAMBÉM
Suínos: média de preço da carne na parcial de maio está acima de abril, diz Cepea
No levantamento parcial de maio sobre o mercado, realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços médios da carne suína estão –
Leia MaisBoi: com maior investimento de pecuaristas, abate tem recuperação
Pecuaristas têm aumentado os investimentos no setor, influenciados pela aquecida demanda internacional pela carne bovina brasileira e pelo consequente elevado patamar de preço do boi –
Leia MaisMilho: exportações somam 801,033 mil toneladas em maio
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 284,920 milhões em maio (15 dias úteis), com média diária de US$ 18,994 milhões. A –
Leia MaisMilho: Conab indica colheita da 1ª safra 2021/22 em 83,7% no Brasil
A colheita da 1a safra 2021/22 de milho atingia 83,7% da área no Brasil até o dia 21 de maio, conforme levantamento semanal da Companhia –
Leia MaisCarnes: Argentina obtém reconhecimento internacional por prevenir vaca louca
A Argentina mantém, pelo sétimo ano consecutivo, o máximo reconhecimento do status sanitário de encefalopatia espongiforme bovina (BSE), conhecido como doença da vaca louca, concedido –
Leia MaisMilho: line-up prevê embarques de 2,170 milhões de t de março a maio
O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 2,170 milhões de toneladas de milho de março a maio, conforme –
Leia MaisCarnes: Nepal relata primeiro surto de peste suína africana
O Nepal reportou seus primeiros casos de peste suína africana, informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) nesta quinta-feira. Segundo a Agência Reuters, seis –
Leia MaisFrango: preços da carne recuam em todas as regiões
Mesmo com a disponibilidade limitada por conta das exportações aquecidas, o avanço da segunda quinzena de maio e a retração dos consumidores, menos capitalizados neste –
Leia MaisMilho: colheita 21/22 atinge 27,4% da área na Argentina
A colheita de milho da safra 2021/22 atinge 27,4% na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a superfície é estimada em 7,3 –
Leia MaisMilho: Uberlândia (MG) projeta perdas na safrinha por estiagem
Por conta de chuvas muito irregulares nos meses de março e abril, as lavouras de milho safrinha deverão apresentar uma queda de produtividade em Uberlândia, –
Leia Mais