Leite: custos avançam 1% em agosto e 14% no ano, aponta Cepea
O Custo Operacional Efetivo da pecuária leiteira subiu 1,02% de julho para agosto na “Média Brasil”. De janeiro a agosto deste ano, o COE acumula alta de 14,05% – no mesmo período do ano passado, a elevação era de 7,57%. Em agosto, o aumento no custo de produção seguiu influenciado principalmente pela valorização dos suplementos minerais, dos adubos e das rações concentradas.
Os preços dos suplementos minerais subiram 3,06% de julho para agosto, mais uma vez motivados pela demanda firme, devido a condições climáticas adversas e à baixa qualidade das forragens no campo. Além disso, entraves logísticos elevaram os custos de frete, encarecendo esses insumos. No acumulado de 2021, esse grupo de custo acumula alta de 23,70% na “média Brasil”.
Os estados que apresentaram avanços mais significativos em 2021 são Minas Gerais (36,44%), Bahia (33,20%) e Paraná (27,09%). Com a proximidade do início da safra 2021/22 de grãos, a demanda por adubos e corretivos também segue elevada. Além disso, a falta de matéria-prima, a valorização do dólar frente ao Real e o encarecimento dos fretes influenciaram no aumento dos preços.
Em agosto, adubos e corretivos se valorizaram 1,62% em relação a julho na “média Brasil”. No acumulado do ano (de janeiro a agosto), o avanço é de fortes 39,96%. Dentre os estados acompanhados pelo Cepea, os que apresentaram elevações mais expressivas foram MG (2,64%), SP (2,57%) e SC (1,37%).
Os preços dos concentrados subiram 1,19% em agosto, influenciados pelas contínuas altas nos preços dos grãos. De janeiro a agosto, as rações se valorizaram 13,03% na “média Brasil”. Dentre os estados pesquisados, os que registraram aumentos mais significativos em agosto foram GO (3,24%), SC (2,35%) e PR (1,74%). No atual cenário, os altos custos com a alimentação têm sido o principal fator de pressão nas margens dos produtores, visto que esses gastos podem representar até 45% do total.
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