Leite: preço pago ao produtor sobe pelo terceiro mês seguido, aponta Scot

Mais um mês de alta no preço do leite pago ao produtor, o terceiro consecutivo. A queda na produção, com o peso da entressafra do capim, tem dado sustentação às cotações, mesmo diante da demanda patinando.

Leite

Foto: Pixabay

Considerando a média ponderada dos 18 estados pesquisados pela Scot Consultoria, na comparação mensal, o aumento foi de 3,3% no pagamento realizado em junho, que remunera a produção de maio. Já em relação ao mesmo período de 2020, o produtor está recebendo 43,8% mais esse ano.

Os preços do leite subiram em todos os estados pesquisados, com exceção de Alagoas e Maranhão, onde houve ligeira queda em função da demanda mais prejudicada. Em alguns estados, como no Paraná, Espírito Santo, Pará, o aumento médio superou os 5% em relação ao pagamento anterior.

Do lado da captação, além do período mais seco do ano e condições ruins das pastagens no Brasil Central e região Sudeste, os patamares elevados de preços dos alimentos concentrados pesaram sobre a produção nos últimos meses. Por outro lado, com as pastagens de inverno, houve incremento na produção no Sul do país.

Para o pagamento a ser realizado em julho/21, referente a produção entregue em junho/21, o viés é de alta para o preço do leite pago ao produtor, com 57% das indústrias apontando para aumento, 37% estimando manutenção nas cotações e 6% falando em queda.

Nas regiões Sul (pastagens de inverno) e Nordeste (chuvas), algumas indústrias apontam para queda no preço do leite ao produtor, em função da previsão de aumento na produção e demanda não acompanhando esse incremento.

Ainda assim, em todas as regiões, segundo a maioria dos laticínios, a previsão é de alta no preço do leite ao produtor. No entanto, a situação da demanda merece atenção.

Sair da versão mobile

Leia também