Leite: quebra no milho e custos altos preocupam produtores do Sul
A alta dos custos de produção de leite no Sul, principalmente o milho, motivou reunião online da Aliança Láctea Sul-Brasileira, informou em nota a Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina.
“Além da diminuição do consumo interno, os produtores enfrentam a preocupação com a quebra na safra de milho e os preços elevados do insumo”, cita a pasta na nota, acrescentando que lideranças do setor dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul participaram do encontro virtual, realizado nesta terça-feira.
- Leite: Governo não entendeu a gravidade da crise, diz Benedito Rosa
- Leite: veja como funciona o sistema de produção de baixo carbono
Em Santa Catarina, além da estiagem prolongada, a cigarrinha-do-milho contribui para a quebra de pelo menos 20% na safra de milho. Desta forma, o estado deve colher 2,2 milhões de toneladas e importar mais de 5 milhões de toneladas do grão este ano, o que deve levar o produtor a buscar insumos alternativos, conforme o secretário da Agricultura catarinense, Altair Silva. Segundo ele, Santa Catarina se mobiliza para produzir cereais de inverno para esta finalidade.
Também no Rio Grande do Sul a alternativa está sendo levada em consideração. Conforme o presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Silveira Pereira, o Estado destina apenas 1,5 milhão de hectares para a produção de trigo em comparação com 7,8 milhões de hectares de soja.
Já o Paraná, que era autossuficiente em milho, espera quebra na safra causada por questões climáticas e sanitárias. “Neste ano esperávamos um crescimento na produção de proteína animal, mas a capacidade de suprir as nossas cadeias produtivas está curta”, afirma o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara.
No encontro, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, citou que entre os principais desafios para a pecuária leiteira no país estão os preços pouco competitivos, a qualidade da matéria-prima, a carência de políticas públicas direcionadas ao setor e a baixa coordenação da cadeia produtiva, embora investimentos em tecnologia e produtividade tenham sido crescentes no setor.
VEJA TAMBÉM
Preço de referência do leite no Paraná pode subir até 21%
Com menor comercialização e valorização generalizada dos queijos, os preços dos lácteos dispararam no Paraná. Se a projeção se confirmar, o valor de referência do –
Leia MaisAbate de bovinos recua 11% em Mato Grosso no acumulado do ano
No comparativo dos cinco primeiros meses de 2021, ante o mesmo período do ano passado, o abate de bovinos em Mato Grosso recuou 11,24%, segundo –
Leia MaisCarne bovina: governo argentino reestabelece exportação, mas define cotas para produtores
As exportações de carne bovina da Argentina foram reestabelecidas após o governo argentino assinar decreto presidencial que retoma as vendas externas, com limitação de vários –
Leia MaisMilho: colheita da 2ª safra permanece em 1% no Paraná
A colheita da 2ª safra de milho do Paraná permanece em 1% da área cultivada de 2,519 milhões de hectares, que deve subir 9% frente –
Leia MaisFrango: Sanderson Farms, dos EUA, estuda venda da companhia
A processadora de carne de frango Sanderson Farms, dos Estados Unidos, está estudando a venda da companhia, de acordo com fontes. A Sanderson está sendo –
Leia MaisDólar fraco impede avanço nas cotações do boi gordo no mercado físico
O ritmo do mercado atacadista de carne bovina continua sendo ditado pela queda no consumo, cenário comum neste período do mês, de acordo com a –
Leia MaisAftosa: pecuaristas de SP vacinam 95% do rebanho
A dez dias do término da vacinação contra febre aftosa em São Paulo, cerca de 95% dos 10,7 milhões de animais bovinos e bubalinos estão –
Leia MaisCusto do produtor com milho de alta tecnologia é 1,34% maior em MT
Na última semana o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) divulgou a 5a estimativa para o custo de produção de milho de alta tecnologia na –
Leia MaisBoi: arroba bate recorde no indicador Cepea, mas contrato futuro segue em baixa
O indicador do boi gordo do Cepea subiu e renovou a máxima histórica da série ao superar os R$ 320 por arroba na última sexta-feira. –
Leia MaisSuínos: produtores dos EUA querem defender território do avanço de ‘carnes vegetais’
Produtores de carne suína dos Estados Unidos estão procurando defender seu território em supermercados do avanço das alternativas à base de plantas. O The Pork –
Leia Mais