Pesquisas ainda em andamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apontam para um cenário de oferta limitada de leite no campo devido ao clima seco e à elevação dos custos de produção. Assim, a expectativa é de que o movimento de valorização ganhe força já no pagamento de maio-que se refere à captação de abril, de modo que, na Média Brasil, os preços devam ultrapassar o patamar de R$ 2 por litro.
Como esperado, o menor volume de chuvas nesta época do ano diminui a disponibilidade e a qualidade das pastagens, afetando negativamente a alimentação volumosa do rebanho e a produção de leite. Com a oferta reduzida, observa-se a elevação sazonal dos preços no campo entre março e agosto. Contudo, de acordo com o centro de pesquisa, neste ano, a seca tem sido mais intensa, atingindo com gravidade importantes bacias leiteiras do Centro-Oeste, Sudeste e Sul .
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“Além das pastagens, a falta de chuvas tem diminuído também a produtividade das lavouras de milho e a qualidade da silagem de produtores de leite. Para agravar a situação, os custos de produção vêm registrando altas consecutivas. Insumos importantes para a produção de volumoso, como adubos e fertilizantes, são importados, e a desvalorização cambial tem elevado as cotações desses produtos”, afirmou a analista de mercado Natália Grigol, em boletim mensal do Cepea.