24 de maio de 2021 às 11h25

Leite: seca e custos de produção em alta impulsionam preços no campo, diz Cepea

Leite

Foto: Pixabay

Pesquisas ainda em andamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apontam para um cenário de oferta limitada de leite no campo devido ao clima seco e à elevação dos custos de produção. Assim, a expectativa é de que o movimento de valorização ganhe força já no pagamento de maio-que se refere à captação de abril, de modo que, na Média Brasil, os preços devam ultrapassar o patamar de R$ 2 por litro.

Como esperado, o menor volume de chuvas nesta época do ano diminui a disponibilidade e a qualidade das pastagens, afetando negativamente a alimentação volumosa do rebanho e a produção de leite. Com a oferta reduzida, observa-se a elevação sazonal dos preços no campo entre março e agosto. Contudo, de acordo com o centro de pesquisa, neste ano, a seca tem sido mais intensa, atingindo com gravidade importantes bacias leiteiras do Centro-Oeste, Sudeste e Sul .

“Além das pastagens, a falta de chuvas tem diminuído também a produtividade das lavouras de milho e a qualidade da silagem de produtores de leite. Para agravar a situação, os custos de produção vêm registrando altas consecutivas. Insumos importantes para a produção de volumoso, como adubos e fertilizantes, são importados, e a desvalorização cambial tem elevado as cotações desses produtos”, afirmou a analista de mercado Natália Grigol, em boletim mensal do Cepea.

Ao mesmo tempo, os custos com concentrado continuam elevados, refletindo a menor disponibilidade de grãos no mercado interno. Assim, mesmo com a valorização do leite no campo, a margem do produtor tende a continuar prejudicada. A dificuldade em manter a atividade rentável tem levado muitos produtores a aumentar o abate de vacas, uma vez que as cotações no mercado de corte estão atrativas.

Contudo, o descarte de vacas é um indicador de que a produção de leite deve demorar a se elevar, mesmo diante do estímulo dos preços, o que deve reforçar o cenário de limitação da oferta nos próximos meses. Além disso, como já se tem observado, a desvalorização do Real frente a outras moedas tem limitado as importações de lácteos, favorecendo a maior competição entre indústrias pela matéria-prima. Como reflexo, o preço do leite no mercado spot de Minas Gerais subiu 1,7% entre a primeira e a segunda quinzena de abril e mais 7,5% na primeira quinzena de maio (atingindo a média de R$ 2,20/litro).

A oferta limitada de leite impactou negativamente os estoques de derivados lácteos nas indústrias e atacados em abril. A pesquisa do Cepea realizada com apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostrou que os laticínios têm conseguido repassar a alta da matéria-prima aos derivados. No entanto, o menor poder de compra do consumidor e a pressão dos canais de distribuição limitaram maiores valorizações.

“É importante frisar que o aumento do desemprego, a elevação da inflação e o avanço da pandemia têm fragilizado a demanda, o que pode frear a intensidade da valorização do leite no campo, mesmo no contexto de baixa disponibilidade e custos elevados.”

20/10/2021 às 19h15

Faesp cobra ‘esforço diplomático’ do governo para retomar venda de carne à China

A Federação de Agricultura e Pecuária de São Paulo (Faesp) enviou ofícios ao Ministério da Agricultura (Mapa) e ao das Relações Exteriores, sobre o embargo –

Leia Mais
20/10/2021 às 09h53

Mapa determina suspensão de produção de carne bovina para China

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou que frigoríficos que exportam carne bovina para China suspendam a produção específica para o país asiático. –

Leia Mais
19/10/2021 às 18h39

Boi: desinteresse chinês complica conjuntura de mercado no Brasil, diz Safras

O mercado físico de boi gordo voltou a se deparar com queda nos preços da arroba na nas principais praças de produção e comercialização do –

Leia Mais
19/10/2021 às 15h36

Tereza Cristina quer resolver pessoalmente embargo à carne bovina do Brasil

Desde o último dia 4 de setembro, o Brasil anunciou a suspensão das exportações de carne bovina para a China, principal importador do produto nacional. –

Leia Mais
19/10/2021 às 14h45

Carne bovina: sem retomar vendas para China, exportações podem cair até 10%

O Brasil está há seis semanas sem exportar carne bovina para a China, após o país registrar dois casos atípicos de ‘mal da vaca louca’. –

Leia Mais
18/10/2021 às 18h50

Preços da carne bovina registram queda no atacado, após escoamento de estoques

O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta segunda-feira, 18. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a tendência de –

Leia Mais
18/10/2021 às 18h44

Plano ABC+ pretende reduzir emissão de carbono em mais de 1 bilhão de toneladas

Reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário é a nova meta definida pelo Plano Setorial de Adaptação e –

Leia Mais
18/10/2021 às 17h34

Carne bovina: exportações totalizam 45,6 mil toneladas na 3ª semana de outubro

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 240,993 milhões em outubro (10 dias úteis), com média diária de US$ –

Leia Mais
16/10/2021 às 13h05

Frango: preços de cortes de menor valor agregado disparam no Brasil

O adicional de custos registrado pelo segmento avícola neste ano e, especialmente, o ganho de mercado que a carne de frango obteve na comparação com –

Leia Mais
16/10/2021 às 08h04

Carne bovina: Reino Unido deve produzir 895 mil toneladas em 2022

O Reino Unido deverá produzir 895 mil toneladas de carne bovina (em equivalente carcaça) em 2022, segundo informações divulgadas pelo boletim Gain Report, de adidos –

Leia Mais