Ministério da Agricultura ressalta preparo do Brasil contra peste suína africana
A Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (Rede LFDA) está apta para atuar na hipótese de uma possível introdução do vírus de peste suína africana (PSA) no território nacional. No caso de suspeita de PSA, o LFDA-MG é o laboratório oficial do Ministério da Agricultura (Mapa) que realiza o diagnóstico.
- Mapa diz que vai reforçar vigilância após foco de peste suína na República Dominicana
- Peste suína africana: China diz que doença está estável, mas riscos persistem
A padronização e verificações dos métodos vêm sendo trabalhadas pelo laboratório em Minas Gerais desde 2015, tendo sido concluída a validação completa de suas técnicas moleculares para o diagnóstico da peste suína africana em outubro de 2020. A ampliação para realização do diagnóstico em outros laboratórios da Rede LFDA também já está sendo discutida no Ministério.
“A capacidade de pronta atuação e resposta do LFDA demonstra o alto grau de capacitação de seu corpo técnico, incluindo recente treinamento nas técnicas diagnósticas para PSA no laboratório de referência da União Europeia em Madrid, na Espanha – Centro de Investigación en Sanidad Animal INIA-CISA”, destaca o coordenador de gestão de demandas laboratoriais do Mapa, Leandro Barbiéri.
O diagnóstico da peste suína africana pode ser feito por ensaios sorológicos como ELISA e imunoperoxidase, ensaios moleculares de PCR e pelo isolamento de vírus em células. Dos três métodos, o ensaio mais recomendado e utilizado para o diagnóstico da Peste Suína Africana é a PCR.
“A execução dos ensaios sorológicos nem sempre é possível, pois na maioria dos casos os animais morrem antes de ocorrer a soroconversão. Já para o isolamento de vírus é necessário o cultivo de leucócitos obtidos de suínos, o que torna o ensaio trabalhoso e aumenta o risco de contaminação das linhagens celulares utilizadas no laboratório por microrganismos presentes no sangue dos suínos”, explica Barbiéri.
Intensificação contra a peste suína africana
A peste suína africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suíno, pois é altamente transmissível. O impacto econômico de uma possível reintrodução da PSA no país vai desde prejuízos diretos causados pela enfermidade, até possíveis restrições ao mercado internacional, uma vez que produtos e subprodutos de suínos podem ser fonte de introdução do vírus.
A chegada da PSA ao continente americano, confirmada em julho, aumenta o estado de atenção com intensificação das medidas para prevenir a introdução da doença no Brasil. Dessa forma, o papel dos laboratórios é estratégico, além da atuação dos setores de controle de importações, da vigilância agropecuária internacional e dos serviços oficiais de saúde animal.
O Mapa reforça que desde 2018, quando a peste suína africana se disseminou na China e outros países da Ásia e Europa, vem sendo desenvolvidas ações para fortalecer as capacidades de prevenção do ingresso do vírus da PSA no país, visando a detecção e diagnóstico precoces e resposta rápida a eventuais incursões da doença no Brasil.
VEJA TAMBÉM
Produtores de leite relatam dificuldades e pedem mais recursos no Plano Safra
Os produtores de leite seguem pedindo um olhar atento do governo federal para a situação da cadeia produtiva. O momento é oportuno, já que o –
Leia MaisLeite: mesmo com queda no preço, produtor ainda tem lucro, diz Conab
Os produtores de leite têm conseguido manter a remuneração, mesmo com a queda dos preços praticados no mercado no último mês. Apesar da redução percebida –
Leia MaisBrasil adere à Declaração de Copenhague contra crimes na indústria pesqueira
O secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jorge Seif Júnior, assina na próxima quinta-feira, 22, a Declaração de –
Leia MaisOferta aumenta e preço do boi gordo recua para R$ 315 em SP
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nesta terça-feira, 20, na maioria dos estados produtores. Segundo o analista de Safras & Mercado, –
Leia MaisJBS abre 3.500 vagas de trabalho em 13 estados e Distrito Federal
A maior empresa de proteína animal do mundo, JBS, abriu 3.500 vagas em 13 estados e no Distrito Federal. As oportunidades são para atuar nas –
Leia MaisCarne bovina: MT exportou 40,46 mil toneladas em março
De acordo com os dados divulgados pela Secex, em março de 2021, Mato Grosso exportou 40,46 mil toneladas de carne bovina em Equivalente Carcaça (TEC) –
Leia MaisBovinos: abate de fêmeas em MT despenca 26% no primeiro trimestre
Mato Grosso abateu 612,14 mil bois no primeiro trimestre de 2021, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Esse é o menor volume dos –
Leia MaisCarne suína: exportações alcançam valor recorde em Santa Catarina
Em março, Santa Catarina embarcou 55,7 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 138,4 milhões – maior valor desde o início da série histórica em –
Leia MaisCarnes: importação da China supera 1 milhão de t, crescimento de 11,4%
As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 1,02 milhão de toneladas em março deste ano, de acordo com dados divulgados pela Administração Geral de –
Leia MaisBoi gordo registra leve avanço na B3
A segunda-feira começou em ambiente calmo e com poucas novidades em relação aos preços do boi gordo, segundo a Agrifatto. A baixa liquidez na abertura –
Leia Mais