Brasil tem parecer favorável da OIE para ampliar zonas livres de febre aftosa sem vacinação
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informou que o Brasil recebeu parecer favorável da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para reconhecimento dos estados do Paraná, do Rio Grande do Sul e do Bloco I (Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso) como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. O Paraná também recebeu parecer favorável como zona livre de peste suína clássica independente. Em maio, o parecer será avaliado durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE.
A ministra informou os governadores e secretários de Agricultura dos estados em reunião virtual, na tarde desta quarta-feira, 10, sobre o parecer técnico. “A fase mais difícil nós vencemos. Estamos praticamente aprovados. Quero cumprimentar todos vocês pelo esforço”, diz a ministra.
Nas redes sociais, Tereza Cristina comemorou o parecer favorável:
Boa notícia para os estados do PR, RS, AC, RO e parte do AM e MT: parecer favorável da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. O parecer será avaliado durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial, em maio. pic.twitter.com/RNFKcn69sI
— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) March 10, 2021
“Este foi um importante passo conquistado em direção ao reconhecimento internacional das zonas livres, resultado do empenho conjunto dos setores público e privado no país”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal.
Participaram da reunião os governadores do Paraná, Ratinho Junior; de Rondônia, Marcos Rocha; do Amazonas, Wilson Lima; do Mato Grosso, Mauro Mendes; o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, e o secretário de Produção e Agronegócio do Acre, Edivan Azevedo.
Os pleitos brasileiros para reconhecimento do Paraná, do Rio Grande do Sul e do Bloco I (Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso) como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, assim como do Paraná como zona livre de peste suína clássica independente, passaram pela avaliação técnica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e receberam parecer favorável.
Diante desse resultado, os pleitos brasileiros foram recomendados para avaliação durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, que ocorrerá no período de 22 a 28 de maio deste ano, no formato virtual.
Neste momento, de acordo com os trâmites de avaliação da OIE, todos os atuais 182 Delegados da Organização serão comunicados da decisão e terão o prazo de 60 dias para solicitar informações sobre os pleitos brasileiros, de forma a sustentar a votação durante a 88ª Sessão Geral.
Os caminhos para o reconhecimento
Em agosto de 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Instrução Normativa nº 52, reconhecendo os seis estados como livres de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento nacional pelo Mapa é um dos passos para alcançar o reconhecimento internacional junto à OIE.
Para realizar a transição de status sanitário, os estados e regiões atenderam requisitos básicos, como aprimoramento dos serviços veterinários oficiais e implantação de programa estruturado para manter a condição de livre da doença, entre outros, alinhados com as diretrizes do Código Terrestre da OIE.
O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).
Atualmente, apenas Santa Catarina possui a certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
VEJA TAMBÉM
Fórum discute o Programa de Erradicação da Febre Aftosa
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na última quinta-feira (10), do 6º Fórum Estadual do Programa Nacional de Erradicação da Febre –
Leia MaisOvos: com oferta e demanda ajustadas, preços seguem estáveis
Os preços dos ovos comerciais permaneceram praticamente estáveis nos últimos dias na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse cenário vem sendo observado há três –
Leia MaisFrango: demanda aquecida eleva preços; Exportações recuam
O início de mês e o aquecimento na demanda – de modo geral, por conta do recebimento dos salários por parte da população – fizeram –
Leia MaisBoi: China pressiona valor pago pela carne brasileira
A China, maior destino externo da carne bovina brasileira, vem pressionando os valores pagos pela carne. De acordo com dados da Secex, em janeiro, a –
Leia MaisSuínos: exportações registram queda em outubro; O mercado interno está lento
Os embarques brasileiros de carne suína (considerando-se produtos in natura e industrializados) recuaram em outubro. A Secex aponta que as exportações somaram 97,2 mil toneladas –
Leia MaisOvos: bloqueios de rodovias atrapalham entregas; preços seguem estáveis
Bloqueios realizados por manifestantes em diversos pontos de rodovias do Brasil atrapalharam a comercialização de ovos em parte das regiões do País na última semana, –
Leia MaisCarne bovina: exportações da Argentina caem 3,9% em setembro
Em setembro, o volume exportado de carne bovina na Argentina foi equivalente a 55,6 mil toneladas de peso do produto (79,5 mil toneladas de carne –
Leia MaisBoi: exportação segue elevada, mas preço interno cai
As exportações brasileiras de carne bovina in natura vêm se sustentando em patamares elevados ao longo deste ano. Depois de o volume embarcado ter ficado –
Leia MaisLeite: com paralisações perecibilidade preocupa
Os bloqueios em rodovias têm impedido fluxos comerciais e, para o setor do leite, a preocupação é acentuada por conta da perecibilidade do leite cru, –
Leia MaisFrango: protestos deixam setor avícola em alerta
De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, apesar de os bloqueios promovidos por manifestantes em diversos pontos de rodovias do Brasil nos últimos dias atrapalharem –
Leia Mais