13 de outubro de 2021 às 18h53

Pecuarista observa nova queda no preço do boi enquanto aguarda resposta da China

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços mais baixos nesta quarta-feira, 13. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, muitos frigoríficos voltaram a exercer pressão na volta do feriado nacional, ofertando preços mais baixos. “No entanto, as negociações aconteceram de maneira pontual no decorrer do dia. A tendência é que os frigoríficos mantenham as tentativas de compra em patamares mais baixos enquanto não houver uma posição concreta por parte da China em relação ao autoembargo”, assinalou Iglesias.

“A situação do pecuarista é bastante complicada neste momento”, alerta o analista. Os criadores enfrentam altos custos de manutenção dos animais nos confinamentos, ao mesmo tempo em que as chuvas no Centro-Sul são um complicador adicional, dificultando o manejo.

Em relação à China, o mercado continua sem novidades, ainda sem um parecer claro por parte do grande importador de carne bovina do Brasil, apesar da inexistência de um entrave sanitário.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 274 na modalidade à prazo, estável na comparação com a terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 255, inalterada. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 270 – R$ 271, contra R$ 271. Em Cuiabá, a arroba foi precificada em R$ 260, ante R$ 263. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 275 a arroba, estáveis.

Atacado

A carne bovina permaneceu com preços estáveis no mercado atacadista. No entanto, o viés para o curto prazo é de queda, considerando a situação dos estoques dos frigoríficos. “As unidades habilitadas a exportar para a China permanecem com câmaras frias abarrotadas, e já aumenta a possibilidade de terem que disponibilizar esse estoque no mercado doméstico, o que teria forte potencial para derrubar os preços da carne bovina no atacado e no varejo, e isso implicaria em queda dos preços das demais proteínas de origem animal”, disse Iglesias.

Com isso, o quarto traseiro seguiu a R$ 21 por quilo. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 14,50 por quilo. A ponta de agulha permaneceu a R$ 14 por quilo.

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