21 de julho de 2021 às 09h39

Pecuarista investe na qualidade das pastagens para aumentar produção de carne

Um dos grandes desafios dos pecuaristas é garantir pastagem de qualidade durante o ano inteiro. Além da seca de inverno que reduz a produção do capim, tem ainda a dificuldade para combater as ervas daninhas. Uma nova tecnologia permite maior controle e eficiência nas plantas mais resistentes.

Na propriedade do pecuarista Gervano Dias em Paragominas (PA), a cada hectare era preciso cerca de seis litros de herbicidas variados para combater as invasoras na pastagem. Além do custo, a dificuldade era fazer a mistura dos produtos de forma homogênea.

“Precisava de uma pessoa muito próxima do pulverizador para medir a quantidade de cada produto e a ordem também, porque é muito importante se fazer isso. Então ficava nesse caos na hora da aplicação”, conta.

Na fazenda do pecuarista, 80% do gado é criado somente a pasto e 20%, terminado no confinamento. Para garantir os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bezerro, é preciso investir na qualidade da pastagem.

“Não adianta ter genética e confinamento se não tiver a pastagem de boa qualidade para levar até a ponta do confinamento, porque, no nosso caso, a gente entra no confinamento com 400 kg acima, fica de 65 a 80 dias no confinamento. Então, esse animal, desde o pé na desmama até 400 kg, esse desenvolvimento todo é feito a pasto. Não existe esse volume de produção se a pastagem não for bem cuidada”, ressalta Gervano Dias.

As plantas lenhosas e semilenhosas são as de maior dificuldade de controle. Mas, um novo herbicida, une os ativos amino-piralide, pi-cloram e fluró-xipir, em um único produto e pode combater até 90% das invasoras.

“Todos os três são produtos são sistêmicos e são absorvidos tanto pela folha, como pela raiz. Ele é translocado na planta daninha e faz com que ela morra e o capim consiga prevalecer sem competição por água, luz e nutrientes do solo. E com um único produto, ele consegue otimizar a operação do controle de plantas daninhas na fazenda”, destaca o líder de marketing na área de pastagens da Corteva, Paulo Pimentel.

O produto desenvolvido pela empresa é concentrado e permite uma dosagem menor a cada aplicação, reduzindo o custo de produção, além de contribuir com o meio ambiente.

“Para essas plantas de médio a fácil controle, a dose anterior que nós tínhamos em nosso portfólio era de dois litros e a gente passou a ter a média de um litro com a tecnologia XTS. Isso traz um benefício no armazenamento, transporte e produção. Em 2020, a Corteva deixou de rodar 450 mil km, o que equivale a mil toneladas de CO2 a menos emitidas. Os pecuaristas dentro da fazenda também podem fazer o mesmo, pois, ao invés de dar duas viagens em determinada área ele levava um só, o distribuidor também”, ressalta Pimentel.

Em 2020, o rebanho bovino brasileiro foi o maior do mundo, com 217 milhões de cabeças, representando 14,3% do rebanho mundial. O país é um dos poucos que pode continuar crescendo na pecuária de corte, sem abrir novas áreas, para atender a demanda mundial por alimentos.

“O segredo do sucesso na pecuária do Brasil passa pela produção de boi a pasto e vai continuar sendo assim, porque é a forma mais barata de se produzir carne no mundo. Se eu puder deixar uma mensagem para todos os pecuaristas, é que a gente tem que cuidar, de forma muito carinhosa, da produção de gado a pasto no Brasil”, diz Paulo Pimentel.

“Existem pessoas competentes por trás disso. São zootecnistas, agrônomos, uma gama de oportunidade de pessoas trabalhando no campo para levar para a mesa do consumidor uma carne de qualidade, preservando o meio ambiente. Isso que é a grande preocupação. É atrás disso que a gente está trabalhando todo dia”, afirma o pecuarista Gervano Dias.

 

14/12/2022 às 19h09

Carnes: exportação de aves atinge 108,923 mil toneladas em dezembro

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 219,233 milhões em dezembro (7 dias úteis), –

Leia Mais
13/12/2022 às 17h02

Ovos: preços se estabilizam neste início de mês

Os preços dos ovos se mantiveram estáveis neste início de dezembro. De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, essa estabilidade é reflexo do ajuste entre –

Leia Mais
12/12/2022 às 15h02

Frango: volume exportado em 2022 deve atingir novo recorde

As exportações brasileiras de carne de frango (in natura e processados) caíram de outubro para novembro. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados –

Leia Mais
12/12/2022 às 07h02

Carne de frango: embarques do Rio Grande do Sul aumentam 20% em novembro

As exportações gaúchas de carne de frango e suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 90,85 mil toneladas em novembro, informa –

Leia Mais
09/12/2022 às 18h02

Suínos: valores oscilam neste começo de mês

Neste início de dezembro, as cotações do suíno posto no mercado independente vêm registrando movimentações distintas dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, conforme as condições –

Leia Mais
09/12/2022 às 17h02

Boi: volume exportado na parcial de 2022 já é recorde anual

As exportações brasileiras de carne bovina in natura recuaram de outubro para novembro. Ainda assim, pesquisadores do Cepea destacam que os elevados volumes embarcados nos –

Leia Mais
09/12/2022 às 15h20

Carne bovina: exportações da Argentina caem 3,1% em outubro ante setembro

Em outubro, o volume exportado de carne bovina foi equivalente a 52,8 mil toneladas de peso do produto, que apresentou queda de 3,1% no volume –

Leia Mais
07/12/2022 às 06h02

Ovos: preços dos ovos recuam em novembro

Os preços dos ovos recuaram em novembro em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. De acordo com colaboradores, a procura esteve enfraquecida ao longo do –

Leia Mais
06/12/2022 às 17h02

Carnes: preços no Uruguai atingem alta histórica em 2022

Os indicadores de preço de carne no Uruguai atingiram uma alta histórica em 2022. Com taxas de crescimento superiores às da carne exportada, o preço –

Leia Mais
06/12/2022 às 06h02

Frango: poder de compra frente ao milho e ao farelo cai pelo 3º mês seguido

Os preços médios do frango vivo caíram de outubro para novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores foram pressionados pelo aumento da oferta de produtos –

Leia Mais