Preço do boi não para de subir e chega a R$ 315 a arroba

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos na maioria das praças de produção e comercialização nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos voltam a se deparar com margens operacionais bastante apertadas.

“Os preços da carne bovina no atacado não acompanham a evolução do movimento da matéria-prima. A tendência de curto prazo exprime para a continuidade pontual deste movimento, uma vez que o volume de animais ofertados
tende a apresentar avanço apenas pontual daqui até o final do mês, não a ponto de exercer pressão sobre o mercado”, assinala Iglesias.

A demanda retraída segue como um importante contraponto, avaliando a possibilidade de restrições ainda mais severas no mercado paulista, principal centro consumidor do país. Conforme o analista, o consumidor médio
descapitalizado é o grande limitador para altas ainda mais agressivas da carne bovina no mercado doméstico, levando a esse estreitamento da margem operacional de muitas unidades frigoríficas.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, a preocupação segue com a demanda de determinados estabelecimentos, prejudicada por normas mais severas de distanciamento social.
“Somada a isso, precisa ser citada a descapitalização do consumidor médio, ainda optando por produtos que causem menor impacto na renda média, no caso do setor carnes essa predileção recai incisivamente na carne de frango, em um amplo movimento de migração neste primeiro trimestre”, disse ele.

Com isso, o corte traseiro seguiu com preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,10 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,30 o quilo.

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