Preço de referência do leite no Paraná pode subir até 21%
Com menor comercialização e valorização generalizada dos queijos, os preços dos lácteos dispararam no Paraná. Se a projeção se confirmar, o valor de referência do leite – usado como parâmetros na negociação entre produtores e a indústria – terá subido 21% entre abril e junho. O grande destaque foi o muçarela, mas diversos outros derivados também vêm em altas sucessivas, semana a semana. O cenário foi apresentado em reunião do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR), nesta terça-feira, 22, que aprovou o valor de referência projetado de R$ 1,9602 para o leite entregue em junho a ser pago em julho.
- Solução para crise no leite virá de fora do setor, diz Embrapa
- Leite: setor se reúne com Bolsonaro e apresenta pedidos
De abril para junho, o preço médio do muçarela aumentou 30,5%. Como responde por quase a metade (45,3%) do mix de comercialização, o produto ajudou a puxar para cima o valor de referência. A alta também abrangeu os outros queijos. No caso do prato, o avanço foi de 18%. Parmesão e provolone também vêm em movimento de alta: respectivamente de 6% e 11,9%.
“Foi um período em que tivemos redução de captação de leite, comprovando padrão sazonal, com aumentos generalizados”, disse a professora Vânia Guimarães, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma das responsáveis pelo levantamento. “Foi um aumento contínuo. Mas se acende um sinal amarelo. A pergunta é se como o mercado vai se comportar diante dos aumentos observados até esse momento”, acrescentou o professor José Roberto Canziani, da UFPR.
No leite spot – considerado um dos termômetros do setor – o aumento também foi bem significativo: 29,5%. Nos outros derivados líquidos, o mercado também registrou variações positivas. O preço médio do UHT avançou 16,5%, enquanto o iogurte teve alta de 7,6% e o leite pasteurizado, de 3,8%. A exceção foi a bebida láctea, que se manteve praticamente estável em relação ao patamar de abril.
Os cenários mais descolados com o panorama geral se dão do leite em pó e no creme de leite. No caso do leite em pó, os preços permanecem estáveis em relação a abril, mas em um patamar bastante elevado em relação às médias históricas. Já o creme de leite vem em recuperação, após ter sucessivas quedas no início do ano, de janeiro a março. Com a recomposição, os preços voltaram aos níveis de fevereiro. Apesar do momento, quem acompanha o setor aponta que o momento é de observar como o mercado vai se acomodar nas próximas semanas.
“Por mais que o preço do leite e seus derivados tenham obtido melhores resultados, o momento é de cautela. Vivemos uma instabilidade de mercado, com continuidade da pandemia e altos custos de produção. Permanecem as recomendações de ajustes nos custos de produção e muito raciocínio e planejamento estratégico para novos investimentos”, observou Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da Faep, que acompanha o setor lácteo.
VEJA TAMBÉM
Carnes: vendas de cortes sobem 150% em abril no Uruguai, após redução do IVA
O Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) divulgou os dados de consumo do corte “Assados Exonerados de IVA” para o mês de abril de –
Leia MaisMinerva diz que demanda global por carne bovina segue consistente
Em conferência de resultados relativos ao primeiro trimestre de 2022, o diretor presidente da Minerva Foods, Fernando Queiroz, sinalizou que a demanda global por carne –
Leia MaisMilho: Brasil deve exportar 2,1 mi de toneladas até o fim de maio
O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 2,125 milhões de toneladas de milho de março a maio, conforme –
Leia MaisFrango: com vendas à China em queda, outros destinos garantem bom desempenho
As exportações brasileiras de carne de frango à China estão enfraquecidas, mas os envios a países árabes e europeus vêm crescendo com força. Segundo pesquisadores –
Leia MaisGrande Prêmio São Paulo acontece neste sábado no Jockey Club
Neste sábado (14), a partir das 12h15, acontece o principal evento do turfe paulista e segundo maior sul-americano. Trata-se do Grande Prêmio São Paulo, no –
Leia MaisMinerva fecha primeiro trimestre com receita bruta recorde de R$ 7,6 bi
A receita bruta da Minerva totalizou R$ 7,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 25% em comparação ao mesmo período do ano –
Leia MaisSuínos: poder de compra do suinocultor avança pelo 3º mês seguido
O poder de compra de suinocultores paulistas frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) vem crescendo nesta parcial de maio frente –
Leia MaisAviagen anuncia investimento de R$ 250 mi para ampliar produção de aves no país
Como parte de seu plano de crescimento e expansão na América Latina, a Aviagen, empresa de genética de aves, anuncia um novo investimento de R$ –
Leia MaisCarnes: abate de bovinos em abril recua 7,46% em Mato Grosso
Segundo os dados do Indea-MT, o abate total de bovinos mato-grossenses registrou queda de 7,46% no comparativo mensal. O volume abatido totalizou 330,84 mil cabeças –
Leia MaisVendas da carne de frango estão lentas no mercado interno
As vendas domésticas da carne de frango estão em ritmo lento. De acordo com informações do Cepea, esse cenário tem sido observado apesar do início –
Leia Mais