27 de maio de 2021 às 18h54

Preços do boi gordo sobem acima da referência média

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira, 27. Mais uma vez, houve negócios efetivados acima da referência média, disse o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, a oferta de animais de safra é apenas residual neste momento e não tem capacidade para sustentar a posição das escalas de abate. “Os frigoríficos voltam a operar com uma programação encurtada, e o movimento de alta da semana é evidenciado em todas as regiões relevantes em termos de comercialização e tende a ganhar corpo  no início de junho”, assinala o analista.

A oferta de animais confinados é discreta, consequência da redução do confinamento de primeiro giro em função do aumento dos custos pecuários. Com o potencial avanço da demanda de carne bovina durante o segundo semestre,  “as condições estão explícitas para que o boi gordo renove suas máximas históricas, é possível que esse movimento  ocorra de maneira ainda mais precoce do que o imaginado”, pontua.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 315 ante R$ 313 na quarta, na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300 a arroba, estável. Em Dourados (MS), a arroba
foi indicada em R$ 301, contra R$ 300. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 305 a arroba, estáveis.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina caíram para os cortes menos nobres. Conforme Iglesias, esse  movimento é natural em uma semana de fraco consumo. “Para a primeira quinzena de junho a dinâmica tende a  mudar com maior espaço para reajustes com a entrada dos salários na economia, importante motivador da reposição entre atacado e varejo. Novas medidas de restrição são aguardadas em alguns estados, o que pode novamente  impactar no consumo de setores relevantes, a exemplo de bares e restaurantes”, disse Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo, estável. O corte dianteiro teve preço de R$ 16,90 o quilo,  ante R$ 17 o quilo na quinta, assim como a ponta de agulha.

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