30 de abril de 2021 às 08h01

Produção de perus: jejum pré-abate evita perdas no frigorífico

 

Na produção de perus, entre as etapas que antecedem o abate estão jejum, apanha e transporte. O período de jejum deve ser respeitado para não haver contaminação da carcaça nos frigoríficos. 

De acordo com o analista de planejamento Ronaldo Casagrande, são 3 categorias de abate para os perus: macho com 140 dias, fêmeas com 110 dias e fêmeas leves com 62 dias de vida. O fornecimento da ração é suspenso para facilitar a passagem do alimento pelo sistema digestório do animal. O jejum pré-abate deve começar 3 horas antes do carregamento. “Mas o tempo total vai depender da distância da granja ao abatedouro. Se for muito próximo, acabamos sugerindo até 4 horas de jejum para ficar dentro do período entre 8 a 12 horas de jejum total, do corte da ração ao horário programado para o abate. O carregamento e o descanso no frigorífico também entram no cálculo do tempo”, diz. 

Contaminação da carcaça

Ronaldo destaca que se o tempo de jejum ultrapassar o período indicado, pode ocorrer extravasamento no momento do abate, sujando a carcaça. “As vísceras ficam muito frágeis e podem ser rompidas no momento da evisceração, contaminando a carcaça e rendendo prejuízos, ou seja: perdendo carne”, explica ele. O problema é grave e, portanto, o jejum deve ser bem realizado. A ração deve ser mantida até o horário da retirada e inclusive sobrar nos pratos. “Já o jejum muito curto resulta em papo cheio, que é outro problema. Aí temos ração na linha do abate, o que suja a carcaça e também resulta em perdas. O horário indicado para o jejum deve sempre ser respeitado”, reforça. 

Carregamento e apanha

No dia do carregamento, a luz do galpão deve ficar ligada para as aves ficarem mais calmas. Durante a apanha, o animal está mais propenso ao estresse. O produtor deve acompanhar o período e movimentar as aves para garantir um jejum eficiente, que não gere comprometimento depois no abate e perdas significativas para a indústria,  alerta Casagrande. Partes nobres do animal como peito, coxa, sobrecoxa e asas são frequentemente as mais atingidas. Perus são animais pesados, mas, graças à tecnologia, a apanha para o caminhão pode ser realizada com a ajuda de equipamentos. Para facilitar e agilizar o sistema de apanha, os lotes podem ser divididos. Lembrando que a fêmea é embalada inteira, e por isso a aparência da carcaça deve estar perfeita.

Na hora do transporte dos animais, é preciso manter o conforto térmico e a densidade adequadas, como explica o analista de logística Claudimar Coelho. “No transporte de perus, para garantir o bemestar animal, todos os nossos veículos são rastreados. Temos um protocolo de número de aves por gaiolas e três tipos de peso de aves: para fêmea leve, de 4 a 5 quilos, colocamos seis aves por gaiola. Para fêmea pesada, de 11 a 12 quilos, 4 aves por gaiola. Para macho pesado, 20 a 22 quilos, 2 aves apenas por gaiola. Em nossas gaiolas, o peso máximo é de 50 quilos. O peru tem essa diferença: temos que transportar em 3 etapas. São 3 tipos de transporte, porque são 3 pesos diferenciados”, diz.  

Gostou desse tema ou quer ver outro assunto relacionado à avicultura? Envie sua sugestão para ligados@canalrural.com.br ou para o número de WhatsApp (11) 9 7571 3819

02/02/2023 às 07h11

Carne bovina: empresa do México visita Argentina para iniciar exportação

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), Rodolfo Acerbi, conduziu uma reunião final com uma delegação da empresa mexicana de alimentos Sigma, onde –

Leia Mais
01/02/2023 às 19h02

Carne bovina: custo de produção aumenta em Mato Grosso

O custo de produção da pecuária de corte em Mato Grosso em 2022 seguiu com a tendência de alta observada desde 2018. Segundo os dados –

Leia Mais
01/02/2023 às 06h02

Ovos: poder de compra do avicultor cai pelo 5º mês consecutivo

Os preços dos ovos comerciais continuam em queda em janeiro frente aos de dezembro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Já os valores –

Leia Mais
31/01/2023 às 19h08

Carne bovina: exportações da Argentina geram US$ 3,431 bi em 2022

As exportações argentinas de carne bovina renderam US$ 3,431 bilhões em 2022, um aumento de mais de US$ 640 milhões do que no ano anterior, –

Leia Mais
31/01/2023 às 14h02

ABCS diz que 84,1% do rebanho suíno de Alagoas foi vacinado contra a PSC

Em boletim divulgado na última sexta-feira (27), a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) informou que até agora, em 58 dias de trabalho, foram –

Leia Mais
31/01/2023 às 13h02

Carnes: 48% do rebanho bovino da Argentina é afetado pela seca

De acordo com a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), com dados do Sistema de Informação sobre Secas para a América do Sul (SISSA), 48% –

Leia Mais
29/01/2023 às 16h02

Frango: preço da carne de frango está em movimento de queda desde de dezembro

Os preços da carne de frango, negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, estão em queda desde dezembro de 2022, com o movimento se –

Leia Mais
27/01/2023 às 13h02

Boi: diferença entre os valores médios de macho e fêmea é recorde

A diferença média entre os preços das arrobas dos animais machos e fêmeas prontos para abate, ambos comercializados no mercado paulista, atingiu o maior patamar –

Leia Mais
26/01/2023 às 13h28

Carne suína: exportações atingem 53,980 mil toneladas em janeiro

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 134,583 milhões em janeiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 8,972 milhões. –

Leia Mais
25/01/2023 às 07h02

Frango: queda no preço do frango e alta nos insumos pressionam poder de compra do avicultor

As cotações do frango vivo têm registrado forte queda entre as médias de dezembro de 2022 e da parcial de janeiro (até o dia 18). –

Leia Mais