26 de novembro de 2021 às 13h43

Conab projeta recorde nas exportações de carnes de frango e suína em 2021

As exportações brasileiras de carnes de aves e suínos devem atingir um novo recorde em 2021. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) as exportações de carnes de frango podem chegar a 4,46 milhões de toneladas. Mesmo com os embarques recordes, a disponibilidade interna do produto também irá aumentar, passando de 10,6 milhões de toneladas para 10,9 milhões de toneladas – crescimento de 3%. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil já exportou cerca de 3,75 milhões de toneladas de carnes de aves. As informações constam no boletim AgroConab, e foram divulgadas nesta sexta-feira (26).

A maior oferta de carne de frango no mercado é acompanhada da elevação na produção em 4,5%, chegando a 15,3 milhões de toneladas (quando comparada com 2020). Como consequência, a quantidade de carne de frango disponível para os brasileiros no ano também é a maior registrada na série histórica, passando de 50 quilos por habitante.

O cenário para a carne suína é semelhante. Com a estimativa de um rebanho próximo a 42 milhões de cabeças, tanto a produção quanto as exportações tendem a atingir os maiores níveis já registrados, ficando em torno de 4,45 milhões de toneladas e 1,24 milhão de toneladas, respectivamente. O maior volume de carne produzida reflete na elevação da disponibilidade deste tipo de carne do mercado, o que garante a oferta interna e mantém a quantidade de produto por habitante estável, próximo da marca de 15 quilos por pessoa.

Para os bovinos, a Conab estima um aumento de rebanho, devido à retenção de vacas para o abate. Ainda assim, a produção da carne bovina deverá ser menor neste ano, atingindo 8,1 milhões de toneladas. Já as exportações tendem a apresentar um ligeiro recuo em comparação com 2020, e podem chegar a 2,65 milhões de toneladas. A expectativa para a oferta de produto no mercado interno também é de redução, e está estimada em 5,5 milhões de toneladas, o que resulta em uma disponibilidade interna de 25,8 quilos por habitante no ano.

Produção e preços das carnes

Um dos fatores que explicam a menor produção de carne bovina no país é a restrição da demanda. Os custos elevados da produção repercutem no preço para o consumidor. A suspensão das exportações para a China fez com que o preço pago ao produtor registrasse uma forte queda a partir de setembro, atingindo o menor valor no final de outubro. No entanto, esse reflexo nos preços ao consumidor final começa a ser sentido nos mercados de maneira menos acentuada. Com a retomada das negociações com a China, a tendência é que os preços voltem aos patamares anteriormente vistos, encontrando o equilíbrio entre o aumento nos custos de produção, a baixa demanda e a recuperação da oferta de animais prontos para o abate.

Já os preços recebidos pelo produtor de carne de frango seguem com tendência de alta. Entre os principais fatores para este movimento altista estão a maior demanda pelo produto e a elevação dos custos dos insumos para ração (milho e farelo de soja), apesar da redução das cotações de milho em setembro. Dados da Embrapa mostram que a despesa para alimentação do plantel praticamente dobrou entre julho de 2018 a julho de 2021. Neste mesmo período, a participação da alimentação nos custos para o produtor passou de 68% para 76%.

Os produtores de carne suína também são impactados pela cotação elevada de milho. Apesar da entrada da segunda safra de cereal, os valores de comercialização deste insumo continuam pesando no custo de produção. No sentido contrário, o mercado continua com pressão baixista dos preços para este tipo de carne, dando relativa estabilidade das cotações, sem espaços para avanços consideráveis.

frigoríficos, frigorífico, carne de frango

Foto: Agência Brasil

28/05/2021 às 18h25

Boi gordo volta a subir e se aproxima dos R$ 320 a arroba

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta sexta-feira, 28. O ambiente de negócios ainda sugere pela intensificação deste –

Leia Mais
28/05/2021 às 17h28

Pecuaristas argentinos decidem estender greve na venda de produtos bovinos

A Comissão de Enlace das Entidades Agropecuárias da Argentina (Ceea), grupo que reúne as principais entidades agropecuárias da Argentina, estendeu a paralisação da comercialização de –

Leia Mais
28/05/2021 às 16h21

Aftosa: especialista dá dicas para manter status sanitário sem vacinação

Com o novo status de zona livre de aftosa sem vacinação para algumas regiões, algumas medidas de prevenção precisam ser redobradas, evitando o contágio do –

Leia Mais
28/05/2021 às 10h01

Frango: liquidez aumenta, mas competitividade da proteína cai

Tendo em vista o menor preço da carne de frango em relação as demais proteínas como a carne bovina e suína, a demanda pela carne –

Leia Mais
28/05/2021 às 06h32

Colheita de milho atinge 90% no Rio Grande do Sul

A colheita do milho atinge 90% da área no Rio Grande do Sul, com avanço semanal de dois pontos percentuais. Em igual período da safra –

Leia Mais
27/05/2021 às 20h45

Milho: com alta em Chicago, vendas travam no Brasil

O mercado brasileiro de milho registrou preços pouco alterados nesta quinta-feira, 27, praticamente parado em termos de negócios. O limite de alta atingido na Bolsa –

Leia Mais
27/05/2021 às 20h26

Federações da Agricultura e Pecuária dos estados repercutem certificação da OIE

Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso agora são reconhecidos internacionalmente como zonas livres –

Leia Mais
27/05/2021 às 19h32

Benedito Rosa: Decisão da OIE é motivo de comemoração para o pecuarista

Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso agora são reconhecidos internacionalmente como zonas livres –

Leia Mais
27/05/2021 às 18h54

Preços do boi gordo sobem acima da referência média

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira, 27. Mais uma vez, houve negócios efetivados acima da referência –

Leia Mais
27/05/2021 às 17h55

ABPA: Exportações de carne suína do RS e PR podem crescer até 35% com novo status da OIE

As exportações de carne suína do Paraná e do Rio Grande do Sul podem ser incrementadas em até 35% no próximo ano, após os dois –

Leia Mais