Milho: com incertezas sobre safra norte-americana, expectativa é de mercado firme
O milho fechou junho com queda de quase 9%, levando em consideração a praça de São Paulo. De acordo com a Scot Consultoria, a baixa nos preços foi sentida em todas as áreas produtoras. Entre os motivos estão o enfraquecimento do câmbio e o início da colheita da segunda safra aqui no Brasil.
“A queda mais forte no preço do milho ao longo de junho aconteceu principalmente a partir de meados do mês, até o começo da última semana. A queda dos preços do grão no acumulado de junho chegou a 8,9% na região de Campinas (SP), onde a referência fechou em R$ 92 por saca de 60 quilos”, explica o analista de mercado da Scot Consultoria Rafael Ribeiro.
- Milho: geadas provocam alta na B3; para especialista, preço deve subir mais
- Leite: com o maior custo de produção dos últimos 10 anos, como garantir lucro?
Ribeiro ainda ressalta que o recuo da moeda norte-americana influenciou fortemente na queda dos preços do milho. “Os principais fatores para a queda dos preços foram a questão do enfraquecimento da moeda norte americana que recuou abaixo de R$ 5 ao longo de junho. Além disso, o início da colheita da segunda safra no Brasil, apesar dos trabalhos ainda estarem no início, ou seja, a oferta está aumentando lentamente. O comprador também se manteve ausente durante as negociações no mês de junho, fator que também auxiliou para a baixa nas cotações do milho”, pontua.
“Com as quedas de temperaturas e ocorrência de geadas em importantes regiões produtoras de milho, o mercado ganhou sustentação, ou seja, atualmente os preços atingem o patamar de R$ 95 por saca. O mercado se encontra mais firme diante das condições climáticas mais adversas e a expectativa no curto prazo é que o mercado continue firme”, diz o analista.
Ribeiro ainda especula que para o mês de julho o mercado de milho se mantenha firme, já que há incertezas em relação a produção norte americana. “No Paraná, as quebras previstas chegam até 60% dependendo da região. Logo com uma apuração melhor dos efeitos das geadas, as projeções devem manter o mercado sustentado no curto prazo. Além disso, o dólar cotado acima de R$ 5,05 nessa semana e com o câmbio mais firme deve ajudar na sustentação de preços. A situação é mais adversa nos Estados Unidos, devido à falta de chuva e excesso de calor em algumas regiões tem elevado as especulações e incertezas com relação a produção norte americana”, conclui.
VEJA TAMBÉM
Vírus de influenza aviária é encontrado em plantéis de três estados dos EUA
Um vírus altamente patogênico de influenza aviária (HPAI) foi encontrado em três plantéis não comerciais de aves e em um plantel comercial de galinhas poedeiras –
Leia MaisOvos: preços seguem em alta pela 4ª semana consecutiva
As cotações dos ovos subiram pela quarta semana consecutiva no mercado doméstico. Segundo o Cepea, a alta foi observada devido à menor oferta na maioria –
Leia MaisExportadores de carne suína vão promover setor durante feira no Canadá
Impulsionada pela recente abertura do mercado canadense para a carne suína do Brasil, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência –
Leia MaisGoverno de Tocantins sanciona lei que beneficia setor frigorífico
O Governo de Tocantins sancionou na última semana a lei nº 3.922, de 13 de abril de 2022, que regulamenta a concessão de benefícios fiscais –
Leia MaisMilho: colheita atinge 80% no Rio Grande do Sul
A colheita de milho atinge 80% da área no Rio Grande do sul. Na semana passada, eram 79%. Em igual momento do ano passado, eram –
Leia MaisABCS debate crise da suinocultura em encontro político no dia 26
A suinocultura brasileira, um dos setores mais atuantes do agro no país, passa por um momento de crise devido ao alto custo de produção, baixo –
Leia MaisBoi: diferença entre preços do boi e da carne diminui em abril
Com a média mensal da arroba do boi gordo paulista (Indicador CEPEA/B3) apresentando, de março para abril, queda mais intensa que a da carne negociada –
Leia MaisFrango: relação de troca entre frango vivo e milho é a menor desde de julho de 2020
Com a forte valorização do frango vivo e a queda no preço do milho, o poder de compra do avicultor frente ao cereal neste mês –
Leia MaisSuínos: preços sobem na maior parte das praças
Os preços do suíno vivo no mercado independente se elevaram na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea nesta semana. Com preço mais competitivo frente a –
Leia MaisRS espera vender mais de 3 mil toneladas de peixe na semana santa
A Semana Santa é o período de maior comercialização de peixes no Rio Grande do Sul e, para este ano, a expectativa gira em torno –
Leia Mais