26 de setembro de 2021 às 12h15

Reforma de pastagens pode trazer ganhos ambientais e maior produtividade na pecuária

O amplo investimento em recuperação de pastagens degradas pode aumentar a produtividade da pecuária de corte brasileira, além de favorecer as ações de sustentabilidade. A conclusão é de um estudo conduzido pela Scot Consultoria, com apoio de entidades como Solidaridad e WWF-Brasil, em parceria com a TFA (Tropical Forest Alliance).

O estudo considera três cenários diferentes de reformas de pastagens para estimar os investimentos para recuperação total das pastagens brasileiras entre R$ 126,99 bilhões e R$ 245,81 bilhões. A referência foi definida para Mato Grosso, com base em junho de 2021, para três níveis tecnológicos: 1. Reforma mínima, com a utilização mínima de operações e insumos; 2. Reforma usual, baseada no que é corrente na visão dos especialistas; e 3. Reforma com alta tecnologia, de acordo com as recomendações técnicas para uma pastagem com alta produtividade.

Nos cenários considerados, a produção para pecuária de corte atual poderia ocorrer em 87,8%, 66,9% e 62,9%, respectivamente, liberando áreas passíveis para outras atividades, sem a necessidade de abertura de novas áreas.

De acordo com Paulo Lima, Gerente de Programas de Cacau e Pecuária da Solidaridad, “o estudo destaca as diferenças no potencial produtivo entre as regiões brasileiras, por conta de particularidades de solo, topografia e clima, entre outras. Há também diferenças tecnológicas e de desenvolvimento econômico entre estados e regiões, mas essa é também uma oportunidade para a intensificação dos sistemas de produção e para a aplicação de tecnologias ligadas à recuperação das pastagens degradadas, nutrição, melhoramento genético e sistemas integrados, aumentando a eficiência de uso da terra, diminuindo a emissão de GEE (gases de efeito estufa), e aumentando a disponibilidade de território para agricultura”.

Recuperação de pastagens e benefícios para o mercado externo

O Brasil é o segundo produtor e o maior exportador de carne bovina do mundo. Sua consolidação no mercado internacional está relacionada ao crescimento da demanda mundial, com a China assumindo papel de relevância neste cenário. Nos últimos cinco anos, o Brasil aumentou o volume exportado em 56,8%, saltando de 1,08 milhão de toneladas em 2016, para 1,72 milhão de toneladas em 2020. Para 2021, a projeção é de 1,9 milhão de toneladas.

“No último ano, a China respondeu por mais de 50% do volume total de carne bovina in natura embarcado pelo Brasil”, comenta Fabíola Zerbini, Diretora da TFA para a América Latina. “O estudo da Scotdeixa claro que nosso país tem potencial para elevar a produtividade do rebanho por meio da adoção de tecnologia e da melhoria das pastagens em todo o seu território, aprimorando sistemas de produção, de rastreabilidade e de controle de originação, ao mesmo tempo que recupera áreas degradadas e colabora de forma significativa com a sustentabilidade ambiental”.

O estudo também compara os resultados entre sistemas com uso de tecnologias para atender ao mercado chinês (bovinos até 30 meses), a um sistema de produção tradicional, com lucros para o produtor da ordem de de 3,8% e 0,6%, respectivamente. A comparação entre o histórico da rentabilidade (1995-2021) entre esses sistemas revela uma rentabilidade média de 3,8% no sistema tecnificado, contra 0,02% no sistema de baixa tecnologia.

A pesquisa conclui que “o diferencial do Brasil no mercado de créditos de carbono é a combinação entre conservação ambiental, recuperação de áreas e pastagens degradadas, aumento da produtividade agrícola e o combate ao desmatamento e à conversão de vegetação nativa, que, atrelado à implementação do Código Florestal, traria oportunidades ao país, que poderia se beneficiar da exportação de créditos de carbono”.
07/04/2021 às 12h31

Milho: Brasil deve produzir 114 milhões de toneladas na safra 2021/2022

O Brasil deverá produzir 114 milhões de toneladas de milho na safra 2021/22, segundo informações do boletim Gain Report, de adidos do Departamento de Agricultura –

Leia Mais
07/04/2021 às 11h55

Produtor independente de SC tem perda de R$ 300 por suíno terminado

Aproximadamente 45% dos produtores independentes de Santa Catarina se concentram na região Vale do Braço do Norte. Apenas no município de Braço do Norte são –

Leia Mais
07/04/2021 às 09h25

Leite: preço pago ao produtor recuou pelo terceiro mês seguido, diz Scot

O preço do leite pago ao produtor caiu no pagamento realizado em março, referente a produção entregue em fevereiro último. Foi a terceira queda consecutiva, –

Leia Mais
07/04/2021 às 09h01

Boi gordo: preços permanecem firmes sustentados pela baixa oferta

Terça-feira pouco movimentada no mercado de boi gordo. A morosidade persiste, tendo em vista que as indústrias, que atendem majoritariamente o mercado interno, ainda estão –

Leia Mais
07/04/2021 às 08h31

Milho: preço segue refletindo oferta escassa e necessidade de compra

O preço do milho em Campinas (SP) segue refletindo a oferta escassa e a necessidade de compra, sustentado em R$ 94 por saca. As cotações –

Leia Mais
06/04/2021 às 20h26

Simpósio Brasil Sul de Avicultura começa nesta terça, 6, em formato online

Começou nesta terça, 6, o 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura. O evento que é considerado um dos maiores do setor avícola latino-americano, vai ocorrer –

Leia Mais
06/04/2021 às 19h55

Carne bovina: Rússia tem grande poder de consumo, diz Benedito Rosa

O presidente Jair Bolsonaro conversou nesta terça-feira, 6, por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Durante a ligação, foi conversado sobre a aquisição –

Leia Mais
06/04/2021 às 19h29

Colheita de milho 1ª safra atinge 88% da área no Paraná

A colheita da 1ª safra de milho 2020/21 no Paraná, atinge 88% da área. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura –

Leia Mais
06/04/2021 às 19h15

Boi gordo sobe em MT e vai a R$ 307 por arroba, diz Safras

O mercado físico de boi gordo registrou preços entre estáveis a mais altos nesta terça-feira, 6. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique –

Leia Mais
06/04/2021 às 11h06

Ágio entre bezerro e boi gordo no 1º bimestre atinge 23,64% no MT

O ágio, que é quando o quilo da carcaça do bezerro custa mais que o quilo da carcaça desse animal transformado em boi gordo, é –

Leia Mais