28 de junho de 2021 às 16h04

Com retenção de fêmeas, abate de bovinos está 11% menor em MT

De janeiro a maio deste ano, o abate de bovinos em Mato Grosso registrou queda de 11%, totalizando 1,8 milhão de cabeças. Em mesmo período do ano passado, o volume foi de 2,04 milhões. A queda no abate no estado é explicada pela maior retenção de fêmeas observados neste ano.

A fazenda Estrela do Sul em General Carneiro, tem um rebanho de 1050 cabeças de gado, de mamando a caducando. Do total de animais, 650 são matrizes. Há três anos, a propriedade investe no sistema de cria. Uma estratégia que tem melhorado os resultados ano a ano.

“Neste ciclo que eu desmamei o rebanho, eu tive um aumento de produtos de 12,14% em relação ao ano passado, justamente por hoje eu estar fazendo a inseminação artificial. Com isso a gente conseguiu ter um melhor desempenho com as nossas matrizes”, conta a pecuarista Maria Ester Tiziani Fava.

Em outra propriedade no município mato-grossense de Cocalinho, o rebanho de fêmeas também ocupa lugar de destaque. Mesmo com a procura aquecida no mercado, o produtor mantém a retenção de novilhas, com foco no melhoramento do plantel.

“O mercado está aquecido. Hoje a bezerra está quase chegando no preço do bezerro o que nunca aconteceu. Como nós estamos fazendo plantel que a gente põe muita genética no gado, nós retemos todas as bezerras, só descartamos bezerras que tem algum defeito genético, e novilhas que não emprenham cedo. Sempre retemos todas as fêmeas e vendemos todos os machos”, diz a pecuarista Carmem Bruder.

Para o gerente de relações institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) Nilton Mesquita Júnior, apesar da redução nos números de abate, o resultado do ano pode ser considerado positivo.

“Temos uma quantidade de animais que a gente chama de estoque excepcional. Os números apresentados são robustos, de uma base fortalecida, até porque um rebanho de 31 milhões de cabeças seria o nono rebanho do mundo, um rebanho não só apurado geneticamente, mas produzido de maneira diferenciada. Então são números consolidados”, pontua.

Abate de bovinos por região

O maior recuo no abate de bovinos em Mato Grosso no acumulado do ano até maio, aconteceu na região noroeste do estado. Por lá, a queda nos abates foi de 22,3% nos cinco primeiros meses deste ano.

Nilton Mesquita Júnior explica que a atividade pecuária no estado vive um momento regido pela economia na bovinocultura.

“Hoje, o bezerro é um item muito valorizado dentro da cadeia, e a região noroeste tem a maior quantidade de cabeças aptas para reprodução. Também é uma região com uma logística mais problemática porque nem todas as rodovias estão asfaltadas e o escoamento de um animal adulto é mais complicado. Sendo assim, a base da cria e recria é o valor mais econômico do que animais terminados. A vantagem da retenção é que a gente pode trabalhar estes animais para serem melhorados geneticamente, e, no futuro próximo, ter uma quantidade de animais maior”.

Apesar da queda no acumulado do ano, o abate de animais em maio foi 10,6% superior ao de abril, onde mais de 392 mil bovinos foram abatidos. A alta foi puxada pela maior entrega de animais machos, já que muitos produtores negociaram lotes maiores diante da aproximação da entressafra, segundo o gerente de relações institucionais da Acrimat.

“Agora é um período seco e nós temos uma redução das pastagens e estes animais são ofertados nesse período. Os números pecuários deste ano são interessantes porque o diferencial de base entre São Paulo e Mato Grosso vem reduzindo, significando a valorização do boi mato-grossense. O peso de carcaça de terminação do animal no estado tem reduzido a idade e aumentado o volume. Estamos produzindo um animal mais pesado em menos tempo”, ressalta.

17/06/2021 às 20h10

Setor de carnes aprova liberação da importação de milho dos EUA; veja repercussão

O setor de proteína animal avalia como positiva a liberação para importação de milho transgênico dos Estados Unidos a partir de 1º de julho. Nesta –

Leia Mais
17/06/2021 às 18h43

Boi tem dia de oferta restrita e preços firmes no Brasil

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quarta-feira.  Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado físico voltou –

Leia Mais
17/06/2021 às 14h09

‘Importação de milho dos EUA para o Brasil esbarra em custo elevado’

As importações de milho transgênico dos Estados Unidos serão permitidas a partir de 1º de julho. As variedades geneticamente modificadas cultivadas nos EUA já foram –

Leia Mais
17/06/2021 às 12h59

Preço do suíno sobe até 20% em algumas regiões do país

Depois de recuarem com certa força entre o fim de maio e o começo de junho, os preços do suíno vivo registram intenso movimento de –

Leia Mais
17/06/2021 às 12h31

Carne bovina: demanda chinesa pelo produto brasileiro diminui

As exportações brasileiras de carne bovina in natura continuam elevadas neste ano, e a China segue como o principal destino da proteína. De maio de –

Leia Mais
17/06/2021 às 10h55

ABPA vê como positiva importação de milho dos EUA e espera queda nos preços

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avalia como positiva a publicação da Resolução Normativa n° 32, publicada no Diário Oficial da União (DOU) pela –

Leia Mais
17/06/2021 às 10h15

Diferença de preços entre carne suína e bovina bate recorde, diz Cepea

O preço da carne suína teve forte recuo entre o fim de maio e o início de junho e, com isso, a competitividade da proteína –

Leia Mais
17/06/2021 às 09h28

Seguro rural para pecuária será avaliado pelo Mapa em 25 de junho

O Ministério da Agricultura (Mapa) realizará no dia 25 de junho, às 15h, uma videoconferência do projeto Monitor do Seguro Rural, dedicada a apresentar os –

Leia Mais
17/06/2021 às 08h54

Preço do milho sobe 12 vezes mais que inflação e afeta produção de frango no RS

A cotação do milho disparou 34,8% durante o ano e registrou aumento de 102,6% nos últimos 12 meses, alta que é 12 vezes maior que –

Leia Mais
16/06/2021 às 17h46

Importação de milho transgênico dos EUA será permitida a partir de 1º de julho, diz CTNBio

As importações de milho transgênico dos Estados Unidos serão permitidas a partir de 1º de julho. Apuração da reportagem do Canal Rural em Brasília mostra –

Leia Mais