RS: deputado prepara emenda para ajudar pescadores prejudicados por piranhas
A presença de piranhas vermelhas no Rio Jacuí está assustando pescadores do Rio Grande do Sul. Em um relato emocionado, o presidente da Associação de Pescadores de Santo Amaro do Sul, Everson Flores, explicou que há cerca de dois meses vem assistindo a oferta de peixes cair nesse distrito do município de General Câmara (RS), enquanto as piranhas aparecem em abundância.
Sensibilizado pela situação de seus conterrâneos, o deputado federal Jerônimo Goergen disse que procurou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e com o ministro da Cidadania, João Roma, para tentar resolver a questão da ajuda de custo para os pescadores. No entanto, segundo ele, há uma indefinição sobre de quem seria a competência neste caso.
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“Eles não deram a resposta e, para resolver o problema de forma mais imediata, vou protocolar uma Emenda de Recursos livres destinando R$ 100 mil para o município de General Câmara”, disse.
Esse tipo de recurso, continua o deputado, é de gasto livre pelo município e é direta, ou seja, não precisa passar por um ministério ou outro órgão. De acordo com ele, esse tipo de emenda já é prevista e destina o dinheiro para o município, que deve escolher a destinação.
“Já está tudo certo com o prefeito da cidade e será destinada uma parcela de R$ 500 por 2 meses para 100 pescadores”, contou o deputado, explicando que a renda média dos pescadores na cidade é de R$ 1500.
A expectativa é de que o ato seja assinado pelo prefeito nesta quinta e, na terça-feira, o deputado apresente a emenda.
A verba do deputado será usada em uma situação emergencial especificamente para a cidade de General Câmara, mas ele explica que o governo federal precisa oferecer uma solução mais concreta para a região. “Em pelo menos três meses tem que existir um apoio do governo federal, pois as piranhas estão chegando no [Lago] Guaíba”, disse.
A invasão das palometas
A presença de piranhas vermelhas no Rio Jacuí está assustando pescadores do Rio Grande do Sul. De acordo com Maurício Vieira de Souza, analista ambiental do Ibama no Rio Grande do Sul, a espécie palometa é invasora e o resultado dessa interação com os peixes nativos é imprevisível.
“Estamos enfrentando problemas de invasão biológica da palometa, que é uma espécie nativa da bacia do rio Uruguai. Essa invasão tem trazido preocupação para comunidade de pescadores da região, mas ainda não se sabe a extensão do problema”, disse.
Para fazer uma análise mais profunda, ele pede ajuda de todos que tiverem contato com o animal. “Solicitamos que pessoas que tiverem contato com esse animal encaminhe as informações ao Ibama ou secretarias do meio ambiente, seja do município ou do estado, para que a gente enxergue o tamanho do problema”, completou.
De acordo com Maurício, esse tipo de invasão é difícil de ser eliminada. “Geralmente, temos que nos acostumar a conviver com essas espécies, por mais que cause transtornos. No caso da piranha, ainda não sabemos o quanto está consolidada essa invasão. E também não sabemos qual será o comportamento desses animais a médio e longo prazo. A tendência é que comecem com uma explosão populacional, mas com o tempo elas entrem em equilíbrio com o ambiente, de forma menos agressiva”, disse.
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