Sistema desenvolvido no Brasil identifica cada bovino no campo por ‘reconhecimento facial’
Experimentos estão tornando possível a identificação individual de animais no campo e no pasto por meio de visão computacional. A técnica irá substituir brincos, tatuagens e marcações hoje utilizadas na identificação dos bovinos.
Os estudos foram liderados pelo cientista da computação Fabrício de Lima Weber, no mestrado na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). O cientista afirma que a técnica garante o bem-estar animal, além do sistema de identificação por imagens possuir baixo custo de aplicação. “Hoje, os brincos utilizados são importados e o dólar anda bastante instável. O produtor que utiliza esse sistema precisa comprar também o bastão de leitura do código impresso nos brincos. Quando o animal perde essa identificação no pasto, é preciso repor”, explica Weber.
Além disso, o cientista ainda avalia a aplicação do sistema para agilizar o processo de exportação animal. “O sistema por imagem poderá agilizar o transporte de animais e a emissão da GTA (Guia de Trânsito Animal)”, diz Fabrício.
- Método da Embrapa ajuda a diminuir desperdício na colheita de soja
- Boi gordo: tendência é de manutenção de preços mais altos no curto prazo, diz Safras
Aplicação
A tecnologia utilizada para identificação bovina é similar à de reconhecimento facial, a mesma que é empregada em grandes aeroportos para encontrar criminosos. O algoritmo de reconhecimento permite ser empregada em um sistema convencional de câmeras, que podem ser instaladas no campo, cochos, ou mesmo drones conseguiria captar imagens para identificar em poucos segundos cada animal.
Os cientistas foram bem-sucedidos nos testes com a raça pantaneira. Utilizando um sistema de redes neurais convolucionais (CNN), o estudo empregou três modelos de arquitetura de redes neurais para a identificação do bovino pantaneiro.
Para a formação de um banco de dados o sistema de reconhecimento captou 27.849 imagens dos bovinos Pantaneiros. Desta forma, o sistema que utiliza três arquiteturas apresenta uma precisão de reconhecimento que varia de 98,87% a 99,86%.
De acordo com o pesquisador Urbano Gomes Pinto de Abreu, da Embrapa Pantanal (MS) e também coautor da publicação, conta que a próxima etapa será pesquisar os algoritmos que permitam desenvolver a mesma técnica para a identificação por imagens de gado Nelore, que representa a raça de corte mais disseminada no Brasil.
VEJA TAMBÉM
Aftosa: MT já cumpriu 76% das metas para se tornar área livre, sem vacinação
Mato Grosso já cumpriu ou está em fase final de conclusão de 76% das metas exigidas pelo Ministério da Agricultura para conquistar, mais à frente, –
Leia MaisSetores de aves e suínos do RS definem programação para Avisulat
A programação de atividades dos setores da avicultura e da suinocultura, bem como as palestras magnas já estão disponíveis para consulta do público no site –
Leia MaisSuínos: poder de compra do suinocultor cai em setembro
O poder de compra do suinocultor frente ao milho e ao farelo de soja recuou nesta parcial de setembro frente ao do mês anterior, interrompendo –
Leia MaisBoi: China segue como maior destino da carne brasileira
A demanda chinesa por carne bovina segue bastante aquecida neste ano. E o Brasil, que consegue ofertar uma carne de qualidade, a preços competitivos e –
Leia MaisCarnes: Argentina inicia campanha de vacinação contra febre aftosa e brucelose
O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) iniciou a segunda campanha anual de vacinação contra a febre aftosa em 2022. Serão vacinadas as –
Leia MaisCarne suína: importações da China em agosto de 2022 chegam a 140 mil toneladas
Os dados da alfândega chinesa divulgados segunda-feira (19) mostram as importações de carne suína em agosto de 2022 em 140 mil toneladas, com queda de –
Leia MaisCarnes: preços de bezerros e novilhos são os mais afetados pela inflação na Argentina
O preço dos bezerros na Argentina perdeu 15% do seu valor em termos reais, entre abril e setembro deste ano, embora o preço deva crescer –
Leia MaisCarne bovina: produção da Argentina cresce 6,1% em agosto na base mensal
A produção de carne bovina da Argentina totalizou 289.000 toneladas em agosto, o que representou um aumento de 6,1% em relação a julho e de –
Leia MaisCarne bovina: União Europeia deve produzir 6,7 milhões de t em 2023
A União Europeia deverá produzir 6,7 milhões de toneladas de carne bovina (em equivalente carcaça) em 2023, segundo informações divulgadas pelo boletim Gain Report, de –
Leia MaisSuínos: preço cai e carne suína ganha competitividade
As cotações médias das carnes suína, de frango e bovina, todas comercializadas no atacado da Grande São Paulo, vêm registrando baixa em comparação a agosto. –
Leia Mais