Embrapa: sorgo produz quase o dobro da média nacional no Semiárido
Uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta grande potencial de aproveitamento do sorgo para a produção de grãos na região do Semiárido brasileiro. Em testes, as variedades híbridas alcançaram mais de 5 toneladas de produtividade de grãos por hectare, quase duas vezes superior à média brasileira de 2,8 toneladas. Os resultados comprovam o potencial do sorgo granífero e representa mais uma possibilidade de renda para os produtores locais.
Durante os testes a Embrapa utilizou 47 genótipos híbridos do sorgo granífero. Desse material, 19 genótipos foram considerados aptos para produção de grãos no Semiárido, com produtividade que variou entre 3.000 e 7.000 quilos de grãos por hectare, superior à média brasileira.
“A Embrapa já tem várias cultivares de sorgo granífero lançadas no mercado, com essa característica de alta tolerância à seca e boa produtividade. Mas no experimento observamos genótipos que atingiram produtividade acima de 5.000 quilos de grãos por hectare, que é uma média bastante elevada”, destaca o melhorista Fernando Guedes, pesquisador de Melhoramento Genético Vegetal da Embrapa Caprinos e Ovinos.
De acordo com a Embrapa, produtividades acima de 2.750 kg/ha de sorgo na safra já cobrem custos fixos da cultura, mostrando-se uma opção vantajosa para cultivo pelos produtores rurais para produção de grãos no Semiárido brasileiro, abrindo mais uma possibilidade de renda para a agricultura da região.
- Milho: quebra na safra do Paraná será de 4,9 mi de toneladas, diz Deral
- Grãos: técnica aumenta produtividade em até 26 sacas por hectare no Sul
Versatilidade
Os pesquisadores ainda apostam no cultivo do sorgo para alimentação animal no Semiárido brasileiro devido a versatilidade da cultura e a tolerância à seca. O sorgo se mostra uma excelente opção para silagem como reserva de alimento para período seco; de restolho, para pastejo dos animais; de grãos, que podem ser usados para formação de ração. Nesse caso, o grão do sorgo é considerado de alto valor nutricional, podendo compor rações com qualidade e menor custo do que aquelas baseadas em outros insumos, como o milho.
Em períodos de escassez hídrica, o potencial do sorgo chega a se equiparar ao do milho, uma das culturas mais usadas na alimentação animal. “Em comparação ao milho, o sorgo precisa de menos água para produzir grãos. Além disso, a planta pode hibernar em momento de estresse e, quando a chuva volta, ela retorna ao seu processo normal de fotossíntese”, explica o líder da equipe da pesquisa, o engenheiro agrônomo Cícero Menezes.
VEJA TAMBÉM
Rondônia deve ser reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação pela OIE
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deve reconhecer nesta semana alguns estados como áreas livres de febre aftosa sem vacinação. São eles: Acre, Paraná, –
Leia MaisMilho: 80% da safrinha no MT está entre floração e enchimento de grãos
A semeadura da safra 2020/21 do milho foi marcada pelo maior atraso registrado na série histórica do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) Esse atraso, –
Leia MaisBoi gordo volta aos R$ 310 com restrição de oferta, diz consultoria
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos na maioria das regiões de produção e comercialização do país nesta terça-feira. Segundo o analista –
Leia MaisCusto de produção do milho sobe 1,39% em Mato Grosso
Na última semana o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou a 4ª estimativa para o custo de produção de milho de alta tecnologia na –
Leia MaisAftosa: menos da metade dos pecuaristas de SP comprovou vacinação do rebanho
Menos da metade das propriedades rurais do estado de São Paulo cadastradas comprovou a vacinação do rebanho bovino contra a febre aftosa, faltando uma semana –
Leia MaisMilho: plantio da 2ª safra avança, mas condição das lavouras piora no PR
O plantio da 2ª safra de milho segue em 99% da área no Paraná. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), por conta da severa –
Leia MaisCarne bovina: utilização de indústrias sobe em Mato Grosso em abril
Com a alta de 2,68% na quantidade de bovinos abatidos em Mato Grosso no mês de abril de 2021, a utilização total das indústrias também –
Leia MaisLácteos: valorização da matéria-prima mantém preços dos derivados em alta
Os preços dos derivados lácteos comercializados no atacado de São Paulo apresentaram alta pelo segundo mês consecutivo, devido à valorização da matéria-prima, de acordo com –
Leia MaisEmbrapa usa fungo em pastagem para controlar carrapato
Uma abordagem inédita obteve sucesso no controle do carrapato-do-boi (Rhipicephalus microplus), importante parasita de bovinos de corte e de leite. Em vez de somente aplicar –
Leia MaisBoi gordo: mercado físico segue travado, mas firme nos R$ 310 por arroba em SP
O mercado físico do boi gordo segue travado, mas firme nos R$ 310 por arroba em São Paulo, com expectativas de altas em um futuro –
Leia Mais