A Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), com apoio do Fundo de Sanidade e Desenvolvimento da Suinocultura de Mato Grosso (FSDS), desenvolve o projeto “Vigilância de Javalis, Suínos Asselvajados e Híbridos” em Mato Grosso. O trabalho desafiador e pioneiro no país é realizado desde o início desse ano e visa o monitoramento das espécies alvo, além de mapear a distribuição geográfica desses animais no Estado e traçar estratégias para reduzir os riscos de disseminação de doenças. Devido à sua relevância, o tema será abordado no 1º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso, que é uma realização da Acrismat e ocorrerá no Buffet Alphaville, em Cuiabá (MT), na próxima terça-feira (30).
O coordenador do projeto, o médico veterinário da Acrismat, Igor Queiroz, que acompanha a execução do projeto, conta que o trabalho já visitou oito municípios do Estado e fiscalizou mais de 500 propriedades. “Estamos realizando um trabalho grandioso e sem precedentes no Brasil. Visitar essas propriedades in loco, aplicar questionário com os produtores, fiscalizar e vistoriar as propriedades têm sido desafiadoras, mas ao mesmo tempo satisfatório com o resultado alcançado até aqui”, conta.
Ele acrescenta que o objetivo é monitorar as espécies e analisar se há ou não riscos para a suinocultura comercial que possam causar grande impacto econômico na cadeia. “Vale lembrar que desde 2016, Mato Grosso conquistou o status de área livre de Peste Suína Clássica com reconhecimento internacional através de ações conjuntas entre FSDS, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Indea e apoio da Acrismat”, destaca Igor.
O projeto é dividido por etapas. A atual consiste em visitas a criatórios de suínos em um raio de 10 km de granjas comerciais e identificar indícios da presença desses animais. Nas próximas fases serão realizadas a captura deles para coleta de amostras sorológicas, sanguíneas, de tecidos, endoparasitas, entre outras amostras, para análises em laboratórios credenciados pelo Mapa. “Quaisquer amostras reagentes aos testes para enfermidades de notificação obrigatória, deverão ser encaminhadas aos laboratórios oficiais do Mapa”, explica Queiroz.