ECONOMIA
Status sanitário coloca pecuária gaúcha em um novo patamar
JBS investe em melhorias nas unidades do RS
A certificação para o Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) esta semana, é a realização de futuros negócios para o setor. O reconhecimento deve abrir portas para o mercado internacional, cerca de 70% que o estado ainda não tinha acesso, o que irá beneficiar as indústrias gaúchas de carne, com perspectiva de ampliar mais de US$ 1 bilhão por ano, o volume de negócio, para o setor produtivo de carnes bovina, suína e frango.
“A evolução do status sanitário coloca a pecuária gaúcha em um novo patamar. Muito em breve estaremos livres da vacina e livres para crescer. O mundo saberá da qualidade da nossa proteína animal gaúcha”, destaca a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti.
Com o atual status sanitário, que já vinha sendo cogitado e esperado, o Rio Grande do Sul se torna mais promissor para investimentos, e a JBS, uma das maiores produtoras de proteína no mundo, prevendo futuras ascensão para o mercado, em abril deste ano, anunciou um investimento de R$ 1,7 bilhão em sete fábricas no estado até 2023.
Prevendo o aumento na demanda de exportação de proteína in natura e derivados, a JBS, irá promover melhorias em sete unidades de municípios gaúchos, sendo em Bom Retiro do Sul, Caxias do Sul, Nova Bassano, Passo Fundo, Seberi, Santa Cruz do Sul e Trindade do Sul. Depois da ampliação, será gerado em torno de 2,7 mil novos postos de trabalho diretos e cerca de 10 mil indiretos.
O novo certificado sanitário é o principal motivo de investimento nas unidades. “Quando falamos em acessar mercados relevantes, esse status é ingresso para participar do jogo”, pontua o diretor de Agropecuária da JBS, José Antônio Ribas Júnior.
Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, a certificação do Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa sem vacinação, irá impulsionar a indústria suinocultura do Estado. “A China, por exemplo, teve queda expressiva de produção por causa da peste suína africana, e a recuperação para níveis antes da peste está prevista apenas para 2025. Então, o acesso a esses mercados possibilitará um boom na suinocultura do Rio Grande do Sul”.