PECUÁRIA DE CORTE

Abrafrigo: exportação de carne bovina em maio cresce 11% em volume; receita cai

O preço médio obtido por tonelada nos cinco meses foi de US$ 4.578, contra US$ 5.593 em igual período do ano anterior

Por Estadão Conteúdo
12 de junho de 2023 às 10h38

Com preços em queda, as exportações totais de carne bovina em maio recuaram 11% em receita, ainda que os embarques do produto tenham crescido 11% na comparação com igual mês de 2022, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O faturamento foi de US$ 965,2 milhões ante US$ 1,086 bilhão em maio do ano passado e o volume foi de 200.849 toneladas frente a 180.387 toneladas. O preço médio de maio de 2022 foi de US$ 6.030 por tonelada e o de maio de 2023 de US$ 4.805 por tonelada.

Ainda conforme a Abrafrigo, no acumulado do ano as exportações de carne bovina geraram receita de US$ 3,847 bilhões e volume de 840.419 toneladas, queda de 24% e de 8%, respectivamente. O preço médio obtido por tonelada nos cinco meses foi de US$ 4.578, contra US$ 5.593 em igual período do ano anterior.

A China continua sendo o principal destino da carne bovina brasileira. Em maio, o país importou 112.338 toneladas, ante 40.909 toneladas em abril. Nos primeiros cinco meses do ano, as importações chinesas alcançaram 381.447 toneladas (45,4% do total) e a receita US$ 1,911 bilhão (49,7% do total). No ano passado, no mesmo período, as exportações para lá geraram receita de US$ 2,922 bilhões e movimentação de 440.043 toneladas, “sem os efeitos da suspensão das compras devido a confirmação do caso atípico de EBB (vaca louca)”, ressalta a Abrafrigo.

Os Estados Unidos vêm em segundo lugar na lista dos 20 maiores compradores da carne bovina brasileira. Nos primeiros cinco meses do ano os norte-americanos compraram 93.307 toneladas (+3%), com receita de US$ 413 milhões (-17,3%). O Chile ficou em terceiro lugar, com 34.447 toneladas em 2023 (+11,6%). Depois aparecem o Egito, com 38.579 toneladas neste ano (-42,3%), Hong Kong, com 43.437 toneladas, e Emirados Árabes, com 22.837 toneladas. “No total, 71 países aumentaram suas importações nos cinco primeiros meses de 2023, enquanto outros 80 diminuíram.”

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